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Funcionários da área jurídica do BC depoem na CPI dos Bancos
Por Do Diário do Grande ABC
04/05/1999 | 08:38
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Na CPI do Sistema Financeiro, a sessao desta terça à tarde contará com os depoimentos de mais dois funcionários do Banco Central. Serao ouvidos os procuradores do BC Manoel Loyola e Francisco José Siqueira. A sessao desta terça deverá ser aberta à imprensa, assim como aconteceu segunda-feira, quando os senadores da CPI desistiram da fazer uma reuniao sigilosa para tomar os depoimentos da chefe do Departamento de Fiscalizaçao do BC, Tereza Cristina Grossi, da ex-chefe do Departamento de Reservas Internacionais do banco, Maria do Socorro Carvalho, e do funcionário do Departamento de Fiscalizaçao do BC Vânio Aguiar.

Os senadores, que segunda ouviram dos funcionários a confirmaçao de que o Banco Central negociou com a própria Bolsa de Mercadorias & Futuros os termos da carta que a BM&F enviaria ao BC pedindo uma intervençao no mercado financeiro, deverao insistir nesta terça em um ponto: a autenticidade da própria carta enviada ao Banco Central.

Suspeita sobre a autenticidade da carta foi levantada pelo senador Roberto Saturnino Braga (PSB-RJ), que estranhou o fato de o documento estar assinado pelo entao superintendente da BM&F, Dorival Rodrigues Alves, já que as tratativas do BC, segundo os depoimentos de Maria do Socorro Carvalho e Tereza Cristina Grossi, foram feitas com o diretor de Operaçoes da BM&F Paulo Garbato, e com o entao superintendente de Liquidaçao e Custódia, Edemir Pinto. A suspeita de Saturnino está no fato de que Rodrigues Alves estava doente e internado, no dia 11 de janeiro, vindo a falecer dois meses depois.

Outro ponto em que os senadores da CPI deverao insistir na sessao desta terça é a versao de que um dos procuradores que estarao prestando depoimento teria sugerido ao BC a liquidaçao extrajudicial do Banco Marka, mas nao foi atendido, porque a diretoria do BC alegava que havia risco de "crise sistêmica" no mercado.




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