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Carnaval na região será debatido no Consórcio

Presidente do colegiado, Paulo Serra espera que prefeitos tomem decisão conjunta sobre o tema

Anderson Fattori
Dérek Bittencourt
Do Diário do Grande ABC
26/11/2021 | 00:01
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Nario Barbosa/DGABC


A realização de festividades no Grande ABC durante o Carnaval de 2022 será tema da próxima reunião do Consórcio Intermunicipal do Grande ABC, na segunda semana de dezembro, quando os prefeitos das sete cidades devem formar uma posição única sobre o tema. Prefeito de Santo André e presidente do colegiado, Paulo Serra (PSDB) se posicionou contra realizar os eventos em razão da ameaça de uma quarta onda da Covid que assombra o continente europeu.

“Por respeito às demais prefeituras e, principalmente, pela questão geográfica, vamos deliberar no Consórcio na segunda semana de dezembro, com as sete prefeituras, e vamos oficializar nossa posição. E tentar, sem política, baseado na ciência e grupos técnicos da saúde, tentar construir com os prefeitos uma uniformidade. Vamos deliberar junto com a Capital, para termos postura definitiva. Mas minha defesa é que não haja festas durante o Carnaval”, comentou Paulo Serra, ontem, durante transmissão ao vivo nas redes sociais. 

O chefe do Executivo andreense lembrou dos benefícios econômicos que o Carnaval traz para para cidade, principalmente na questão de geração de empregos, mesmo que temporários, e também no que diz respeito aos turistas. Paulo Serra, no entanto, disse que não é possível realizar a festa com as fronteiras brasileiras totalmente abertas aos estrangeiros que não tenha tomado as duas doses da vacina – a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) vem recomendando ao governo federal que exija o passaporte da vacina e testagem para todas as pessoas que chegam ao Brasil. 

“Qual a única condição que poderia fazer com que a discussão evoluísse e possamos pensar: se governo federal exigisse (comprovante de imunização), principalmente para turistas da Europa e dos Estados Unidos, onde a taxa de vacinação é menor e onde estamos vendo aumento nos casos. Queremos esse turista no Brasil?

Queremos turistas, mas vacinados. Então, se o governo federal colocar como condição nos aeroportos que para comprar passagem exigir as duas doses da vacina e teste feito a menos de três dias, acredito que podemos pensar em discutir. Sem isso, é grande risco. Vamos receber turistas de países que está aumentando a contaminação, então, poderíamos ter nova onda após o Carnaval. Sou contra. Faço apelo ao Ministério da Saúde que pratique esse tipo de bloqueio. Aí a gente cria ambiente mais seguro. Tem de haver coordenação nacional”, discursou.

Entre as cidades do Grande ABC, Rio Grande da Serra havia descartado qualquer festividade em razão da falta de recursos públicos. Na quarta-feira, a Prefeitura de São Caetano disse que a Secretaria de Cultura poderia promover festividades na data, mas no dia seguinte voltou atrás e declarou que não irá permitir nenhum evento na cidade. São Bernardo disse que apoia a programação de blocos de Carnaval independentes, mas que ainda não havia demanda sobre o assunto. Diadema deve tomar decisão no início de dezembro. Ribeirão Pires disse que não há decisão sobre o Carnaval. A Prefeitura de Mauá não se posicionou sobre o tema.




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