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Solução de buraco traz problemas
Por Roberta Nomura
Especial para o Diário
19/01/2006 | 08:17
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O que era para ser a solução de um problema, trouxe pelo menos outros três inconvenientes aos moradores da rua Presidente Juscelino Kubitscheck de Oliveira, no Parque São Vicente, em Mauá. As obras executadas pela Prefeitura para consertar um buraco seriam muito bem-vindas, não fossem o entulho largado no meio da via, o acúmulo de água em frente às residências e a mudança de itinerário do ônibus, que não passa mais pelo local. A população diz que desde que o trabalho foi iniciado, há cerca de um mês, os pedaços de concreto estão na rua. A administração municipal se comprometeu a retirá-los no início do mês, mas ainda não realizou o serviço.

O buraco permaneceu aberto durante mais de um ano, segundo os moradores. “Quando resolvem arrumar fazem uma coisas dessas”, reclama a aposentada Marta Cristina de Camargo Pepi, 43 anos. Ao voltar de viagem, ela foi surpreendida com a quantidade excessiva de entulho, que impede o acesso de veículos à rua Presidente Marechal Deodoro da Fonseca. Como é uma descida e não possui sinalização na outra extremidade da via, muitos carros que utilizam a rua têm de fazer o retorno no meio do caminho. “Mas se descer alguém em alta velocidade ou bêbado, pode causar um acidente grave”, diz Marta. A Prefeitura esclarece que a SSU (Secretaria de Serviços Urbanos) construiu duas sarjetas de concreto armado, que precisam ser submetidas a um processo de cura (secagem). Como a colocação de faixas e cavaletes não são suficientes para impedir o tráfego de veículos, o entulho foi colocado propositalmente. A administração afirma ainda que os pedaços de concreto serão retirados sexta-feira.

Com a construção das sarjetas, a rua ficou no mesmo nível da calçada, que provoca o acúmulo de água em frente às residências. “Fizeram isso porque quando os ônibus passavam aqui pegava a parte de baixo. Diminuíram a valeta para eles e quando chove a água não tem por onde escorrer. Agora nem ônibus passa mais”, explica o mecânico Domingos Roque.

Por possuir água parada em frente as casas, de origem desconhecida, moradores temem contaminação. “Aqui prevalece o bom estado dos ônibus, não a nossa saúde”, diz o aposentado José Rodrigues Carvalho, 70 anos. A população afirma que já fez solicitações à Sama (Saneamento Básico do Município de Mauá) e na Vigilância Sanitária, mas não foi feita vistoria no local. Após visita realizada terça-feira, a Sama garante que os problemas locais não são de responsabilidade da empresa. A Prefeitura informa que o acúmulo de água é ocasionado pela presença de entulho. Após a retirada dos pedaços de concreto, a questão será solucionada e a SSU realizará a lavagem do local.




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