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Cenário pró-Auricchio movimenta a cidade
Raphael Rocha
30/10/2021 | 00:33
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No meio político de São Caetano, o início do julgamento na quinta-feira do recurso do ex-prefeito José Auricchio Júnior (PSDB) no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) se tornou banho de água fria. Em especial para a oposição que, nos últimos meses, estava próxima do prefeito interino da cidade, o vereador Tite Campanella (Cidadania). O Diário mostrou no primeiro semestre que, ali, começou aproximação de Tite e do grupo do ex-prefeiturável Fabio Palacio (PSD), em construção com digitais do prefeito de São Bernardo, Orlando Morando (PSDB), e do deputado federal Alex Manente (Cidadania). Era voz corrente, dentro e fora do Palácio da Cerâmica, que eventual nova eleição poderia fortalecer uma chapa Tite-Palacio – se o pessedista não quisesse ser o vice, indicaria o nome (o favorito seria o vereador César Oliva, PSD). Mas o voto favorável do relator Luis Felipe Salomão, seguido do crivo do ministro Edson Fachin (que os aliados de Auricchio não contavam), fez com que os auricchistas considerassem como certa a posse do tucano.

BASTIDORES

Pós-posse
A pergunta na classe política são-caetanense é como José Auricchio Júnior (PSDB) vai lidar se o TSE, de fato, confirmar que ele vai assumir o quarto mandato como prefeito de São Caetano. Em dez meses de interinidade, o prefeito em exercício Tite Campanella (Cidadania) passou meses próximos, meses distantes. Exonerou aliados de Auricchio, depois realocou alguns em cargos diferentes. Se aproximou de Orlando Morando (PSDB), figura que Auricchio apenas manteve relação cordial. Os vereadores também se questionam, porque muitos deles pularam de cabeça na tese de que Auricchio não voltaria e que, em nova eleição, o nome de Tite era o mais forte.

Resultado confirmado
O TSE divulgou a certidão de julgamento em seu site e confirmou que somente os ministros Luis Felipe Salomão e Edson Fachin votaram no processo de Auricchio – ambos a favor da absolvição do tucano. O pedido de vistas, que suspendeu o trâmite da avaliação na corte, foi feito por Luis Roberto Barroso, presidente do tribunal. Não há prazo para retomada do julgamento.

Fora da mesa
Embora integrante do G-10 de São Bernardo, grupo de vereadores considerados da base de sustentação do prefeito Orlando Morando (PSDB), mas com alguma atuação independente, o parlamentar Glauco Braido (PSD) já sabe que não será convidado ao jantar que o tucano deve promover na próxima semana para afinar o discurso com sua bancada governista. Isso porque, a despeito de estar no G-10, Braido mantém postura de oposição no Legislativo e fora dele – ingressou com ações judiciais contra o chefe do Executivo.

Mudanças – 1
O prefeito de Rio Grande da Serra, Claudinho da Geladeira (PSDB), promoveu novas mudanças no primeiro escalão. Tirou Adailson Gama, o Dadá, do comando da Secretaria de Comunicação e contratou a jornalista Kati Dias. Dadá será secretário executivo de Política e Promoção Social.

Mudanças – 2
Também comunicou que Fabiana Bedia, que chegou a ser presidente do PTB rio-grandense e é conhecida por namorar Ricardo Orsini, ex-secretário de Serviços Urbanos de Ribeirão Pires e com histórico polêmico. Fabiana estava como gestora da Secretaria de Saúde da gestão Claudinho da Geladeira.

Super-Homem
Os políticos do Grande ABC, em especial em São Caetano, entraram na polêmica envolvendo a orientação sexual do novo Super-Homem, que é bissexual. O desenho provocou comentários homofóbicos do jogador de vôlei Maurício Souza, que foi demitido de seu clube. Figuras da política são-caetanense fizeram questão de defender a heterossexualidade do Super-Homem, mas com cautelas nas palavras para evitar tons de homofobia.
 




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