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Câmara de Sto.André projeta câmeras de segurança após caso de incidente

Presidente admite andamento da medida: 'Fez com que acelerássemos o processo'

Fábio Martins
Do Diário do Grande ABC
07/07/2021 | 00:39
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Claudinei Plaza/DGABC


Incidente na porta do prédio da Câmara de Santo André despertou projeto para implantação de sistema de câmeras de segurança no local. A proposta, que estava paralisada nos departamentos técnicos, registrou força a partir do episódio em que veículo oficial do Legislativo teve janela quebrada e quase foi incendiado – cobertor em chamas fora deixado ao lado no carro pouco antes da chegada de agentes da GCM (Guarda Civil Municipal).

O episódio aconteceu em meio à votação da reforma da Previdência, que também levantou alerta nas autoridades, com protestos de servidores na esplanada. GCMs foram destacados e não houve confronto. “Agora (processo) está em andamento. Essa situação, com certeza, fez com que acelerássemos a tramitação (para contratação do módulo de monitoramento)”, apontou o presidente da casa, Pedrinho Botaro (PSDB).

O estudo para implementação do sistema transita na Câmara há pelo menos dez anos, mas sem avanço às fases derradeiras de contratação. O tucano cravou que tem intenção de “resolver o quanto antes” a parte burocrática com vistas a oficializar o certame. “O último passo dado era em relação à etapa de projeto, com análise de toda a planta (do prédio). Na sequência, é necessária a elaboração do termo de referência, com orçamento para balisar os valores de mercado e depois encaminhar para fazer o edital de licitação”, disse Pedrinho, ao acrescentar que considera possível desenrolar o processo ainda neste ano. “É possível sim. Estabelecemos a necessidade e importância.”

Em nota, o Legislativo confirmou que o processo está aberto. O plano se encontra, atualmente, em fase de revisão do termo de referência, após troca na diretoria de apoio tecnológico, que não concordou com o levantamento anterior. Diante disso, o projeto padece de valores estimados e quantidade prevista de equipamentos de segurança. Embora a proposta possa passar por discussão com os demais vereadores, a aquisição do equipamento é ato que depende de assinatura da mesa diretora. A ideia integra concretização da compra de sistema que comporte fiscalização interna e externa do prédio.

A Polícia Civil instaurou inquérito para investigar o incidente registrado no 1º DP (Centro). Foram solicitadas imagens do circuito de câmeras do entorno do Paço na tentativa de auxiliar na identificação dos responsáveis. “Na gestão do (vereador Almir) Cicote houve a percepção que era preciso o controle de acesso (às dependências). Ainda está pendente estabelecermos segurança com imagens, até por conta de eventuais danos ao patrimônio e mesmo pela segurança dos próprios munícipes que comparecem à Câmara”, frisou Pedrinho. “Por pouco não aconteceu incêndio criminoso, que poderia se alastrar pelo prédio e comprometer toda a sua estrutura física.”

O debate sobre a implantação havia suscitado em 2019, na ocasião da votação da concessão de parte do Semasa (Serviço Municipal de Saneamento Ambiental de Santo André). Na oportunidade, o episódio se deu nas galerias do plenário, com briga generalizada entre figuras pró e contra a medida chegando às vias de fato.  




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