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Especialistas acreditam que meta de vacinar toda a população até setembro seja cumprida na região

Cidades aplicaram na terça-feira 19.585 doses, recorde em 24 horas

Bia Moço
Do Diário do Grande ABC
17/06/2021 | 00:28
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Celso Luiz/ DGABC


O Grande ABC registrou na terça-feira o maior número de primeiras doses aplicadas em um único dia, com 19.585 fármacos ministrados entre as sete cidades. Com a inclusão de novos grupos, como pessoas de 50 a 59 anos sem comorbidades, e a chegada de mais vacinas, especialistas destacam que, a partir de agora, a tendência é que até o dia 15 de setembro, quando o Estado pretende vacinar toda a população com 18 anos ou mais, os números até aumentem, possibilitando, assim, que a região alcance a meta.

Infectologista e fundador do IBSP (Instituto Brasileiro para Segurança do Paciente), José Ribamar Branco pontua que não somente no Grande ABC, mas em todo o Brasil, até agora a cobertura vacinal foi baixa devido ao atraso na compra de imunizantes por parte do governo federal. “Somente cerca de 12% da população brasileira recebeu as duas doses. É muito pouco para população de 210 milhões de pessoas”, lamentou o médico, explicando que, agora, com a produção e compra de imunizantes aceleradas, o cenário possa mudar.

Branco acredita que o Grande ABC consiga cumprir a meta de vacinar toda a população com 18 anos ou mais até 15 de setembro. “O Brasil chegou a vacinar 80 milhões de pessoas em pouco mais de três meses contra a H1N1 (Influenza). Temos boa estrutura. Não vai ter dificuldade (para cumprir a meta). O que precisa é ter vacina, e como agora vamos ter, e a partir de setembro e outubro teremos muitas doses de todos os tipos disponíveis, isso vai ser bom e teremos todos vacinados”, garantiu.

O infectologista e diretor do Hospital Santa Ana, em São Caetano, Paulo Rezende, compartilha da opinião de Branco e destaca que agora governos federal e estadual estão investindo em imunização. O médico destacou ainda que o governo do Estado conta com a projeção de 100 milhões de vacinas disponibilizadas para o Brasil pelo Instituto Butantan para vacinar o público-alvo restante. “O Butantan tem um contrato com o governo federal de fornecimento das últimas 100 milhões de vacinas. Esse acordo não foi renovado e como o Butantan vai continuar a receber insumos da China teremos mais vacinas à disposição no segundo semestre”, pontuou Rezende.

“Acredito que essa meta (de vacinar toda a população com 18 anos ou mais até 15 de setembro) deve ser atingida levando em conta o fornecimento a partir do Butantan, e ainda as doses da Pfizer, que tem como proposta as 300 milhões de vacinas, que vão dar para toda a população e para a segunda dose em grande escala”, reforçou o médico, frisando ainda que, se o governo norte-americano doar vacinas, o Brasil pode até superar a data. “É de interesse mundial que esta pandemia seja controlada, porque a economia tem de girar e todos dependem disso”, finalizou Rezende. 




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