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Imunização contra a gripe não tem 40% de cobertura

Ribeirão Pires conta com melhor desempenho da região, com 51% do público-alvo protegido

Por Aline Melo
Do Diário do Grande ABC
02/06/2021 | 07:00
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Claudinei Plaza/ DGABC


Mesmo após abrir unidades de saúde no sábado, o Grande ABC ainda não conseguiu atingir 40% de vacinação contra a Influenza (gripe) entre os públicos-alvos da campanha, que são crianças entre 6 meses e 6 anos, gestantes, puérperas (mulheres que deram à luz em um prazo de até 45 dias), profissionais de saúde, pessoas com 60 anos ou mais e professores das redes pública e privada.

De acordo com dados informados pelas prefeituras (exceto Rio Grande da Serra, que não respondeu), apenas 36,2% dos mais de 829 mil moradores da região que deveriam se vacinar já se imunizaram. Ribeirão Pires é a cidade com a maior cobertura e já aplicou a vacina em 51,1% do público-alvo. São Bernardo, no outro extremo, tem o pior alcance e vacinou apenas 27% dos moradores que integram os grupos prioritários. Veja dados  na tabela abaixo.

O secretário de Saúde de Ribeirão Pires, Audrei Rocha, comemorou a união de esforços de diversas áreas da Prefeitura para a realização do Dia D de vacinação contra a gripe, no último sábado. “A eficiência e organização da vigilância epidemiológica, com o suporte da equipe da atenção primária e de diversas secretarias colaboraram para esse resultado expressivo”, afirmou.

Para a secretária de Saúde de Diadema, Rejane Calixto, a vacina da gripe é eficaz e contribui para diminuir os casos graves e até as internações por Influenza. “Precisamos aumentar a adesão a essa campanha. Além do benefício individual, ela traz o coletivo, que é a redução da circulação do vírus”, ressaltou.

O secretário de Saúde de Santo André, Marcio Chaves, destacou que combater o vírus da Influenza contribui para diminuir as complicações, internações e as infecções causadas pela gripe. “Isso ajuda no diagnóstico da Covid-19 e na diminuição do acesso aos equipamentos hospitalares, portanto, ficamos com mais tranquilidade para poder fazer o diagnóstico de coronavírus e poder fazer o uso das instalações para Covid”, pontuou.

A presidente da comissão de imunologia e imunização do CRBM1 (Conselho Regional de Biomedicina 1° Região), Alessandra Oliveira Salloum, destacou que, de forma geral, a cobertura vacinal no Brasil tem caído gradativamente, especialmente pela ação de grupos antivacinas que divulgam nas redes sociais conteúdos incorretos sobre as imunizações. “Algumas pessoas acham que porque não ouvem mais falar das doenças, que não é preciso vacinar. Mas é justamente o contrário. Elas só continuarão sob controle com a vacinação em massa”, pontuou.

Alessandra destacou a importância de se renovar a imunização contra a gripe anualmente, porque as doses são atualizadas com as cepas mais prevalentes. A vacinação também pode evitar que as pessoas precisem de atendimento médico neste momento em que os serviços de saúde estão focados no combate à Covid-19. 

As unidades de saúde de todas as cidades da região continuam vacinando nas UBSs (Unidades Básicas de Saúde) os grupos prioritários contra a gripe. Apenas em São Caetano é preciso fazer um cadastro pelo site da prefeitura (https://www.saocaetanodosul.sp.gov.br/post/agende-aqui-vacina-de-gripe-influenza).

Os munícipes devem levar documento com foto, cartão de vacinação e cartão do SUS (Sistema Único de Saúde). Para quem também pode tomar a vacina contra a Covid-19, o intervalo deve ser de 14 dias entre as imunizações. <
 




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