O Indice de Preços do Comércio Varejista (IPCV) de novembro, apurado pelo Instituto Fecomércio de Pesquisa e Desenvolvimento do Rio de Janeiro (Ifec-RJ) e divulgado nesta sexta-feira, registrou aumento de 1,55%. Em outubro, a taxa havia ficado em 0,81%. O ritmo mais intenso de aumento dos preços se deve, principalmente, aos reajustes nos grupos Alimentaçao, Artigos para Limpeza e Reparos, Recreaçao e Higiene Pessoal.

A maior pressao veio dos produtos de alimentaçao, principalmente fubá de milho (30,34% de alta), açúcar refinado (9,29%), carnes e peixes industrializados (7,70%), aves e ovos (6,84%), farinha de trigo (5,67%) e carnes frescas (5,20%). "A elevaçao do preço do milho acabou refletida em toda a sua cadeia produtiva, inflacionando derivados, como o fubá, e setores como aves e ovos, cuja raçao tem o cereal como matéria-prima", explicou a coordenadora de Pesquisa do Ifec-RJ, Maria Alice Birbeire.

No item de artigos para Limpeza e Reparos, o detergente foi o destaque, com alta de 4,08%. Já Recreaçao e Higiene Pessoal foi impactado pelo reajuste do papel higiênico (11,37%). "Tanto o detergente quanto o papel higiênico têm insumos importados, que ficaram mais caros em funçao da valorizaçao do dólar frente ao real no último mês", acrescenta Maria Alice. Daqui para a frente, entretanto, a coordenadora de Pesquisa do Ifec-RJ acredita que a tendência é de estabilidade - e até de queda - nos preços. "O período de entressafra da carne está no fim, e o câmbio tem apresentado cotaçao inferior às do início do mês de novembro", destaca.

No mês passado, os maiores reajustes de preços foram verificados no grupo Artigos de Residência, cuja taxa passou de 0,30% em outubro para 1,66% em novembro. Apesar disso,o grupo nao tem peso tao expressivo no IPCV. Os viloes do mês foram os subgrupos roupa de banho, aparelhos elétricos, eletrodomésticos e equipamentos e TV e som. Alimentaçao, grupo com maior peso no IPCV, apresentou variaçao positiva de 2,43% no fechamento de novembro, contra 1,27% de outubro. Os subgrupos que mais contribuíram para essa aceleraçao de preços foram tubérculos, raízes e legumes, frutas, carnes e peixes industrializados, aves e ovos, leites e derivados, panificados, bebidas e infusoes, enlatados e conservas, sal e condimentos.