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Prepare-se, o circo chegou à Rua Marechal Deodoro...

De Shirley Folchi recebemos o folheto que abre Memória: é o programa do Circo Abelardo instalado em plena Rua Marechal Deodoro

Ademir Medici
Do Diário do Grande ABC
03/11/2010 | 00:00
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De Shirley Folchi recebemos o folheto que abre Memória: é o programa do Circo Abelardo instalado em plena Rua Marechal Deodoro, em São Bernardo. Relíquia guardada pela família.
Shirley se interessa muito por circos. Troncos das famílias Granziera e Campagnoli, que moraram em Santo André e São Bernardo, eram artistas de circo: os Irmãos Campagnoli, filhos de Bonfiglio Campagnoli (tio-bisavô de Shirley) e Eliza Granziera, filha de Girolamo Granziera e Giovanna Rocco.
O cartaz do Circo Abelardo foi guardado por uma prima de Shirley. Nossa correspondente comenta: "Pena não haver data". E complementa: "Foi graças à sua coluna que pude cruzar dados e achar descendentes de irmãos de Eliza, que me ajudaram a tecer mais um pouco da história de meus ancestrais".

DOCUMENTOS
Os processos administrativos abertos pela Prefeitura de São Bernardo no início da vida político-administrativa do Município, já com o apêndice ‘do Campo', trazem curiosidades como os pedidos de circos e parques de diversões para instalação em terrenos baldios do Centro - à época ainda em grande número. Tivemos acesso a alguns daqueles processos.
Um exemplo: em 26 de dezembro de 1944, Luiz Faya dirige-se ao prefeito Wallace Simonsen e pede licença para instalação do Circo Teatro Irmãos Galleguito na Rua Marechal Deodoro, ‘para uma série de espetáculos'. O prefeito deixa o assunto para o ano seguinte. E, em 2 de janeiro de 1945, despacha: "À Engenharia, para proceder à vistoria" (cf. processo PMSBC nº 1/1945).
Já no tempo da prefeita Tereza Delta, em 1947, é a vez do Circo-Teatro Oito Irmãos Mello solicitar licença para instalação em São Bernardo (cf. processo PMSBC nº 2065/1947).
Em 1948, uma curiosidade familiar: Luiz Medici pede ao prefeito José Fornari licença de funcionamento e vistoria do Circo Teatro Medici, em terreno anexo ao campo do Palestra, que ficava onde é hoje a Praça Lauro Gomes (cf. processo PMSBC nº 1170/1948). Há vários Luiz na família Medici, mas nunca soube que um deles lidava com circo, mais de 60 anos atrás, e na minha São Bernardo.

Crônica de São Bernardo
Texto: João Gava

Na minha juventude, São Bernardo tinha vários quadros de futebol: EC São Bernardo, 7 de Setembro, 20 de Setembro, Luso-Brasileiro, Brasil FC e Vila Pelosini FC, cujo apelido era Pão Alto.
Lembro de um quadro do São Bernardo: Ninão (goleiro), Atilio Miele e Armando Pasin, Tatão, Mesquita e Sabiá, Lune de Peçanha, Tancredo, Delegá, Antonio Dusi e Fusari.

t SANTOS DO DIA

Humberto, Malaquias, Martinho de Lima e Silvia.
Na estampa, São Malaquias, que foi abade irlandês (1094-1148).

Crédito da estampa: acervo Vangelista Bazani (Gili) e João de Deus Martinez.

Editorial - Às portas de um 15 de novembro sem eleição
Primeiro Plano (Eduardo Camargo) - Pequenas e médias empresas preparam novo congresso.
Anúncio - "O Cemitério Jardim da Colina já está pronto e funcionando. Quem é vivo compra um jazigo".
Cinema - O Império dos Sentidos e Brubaker, liberados.
Cinema/crítica (Heitor Capuzzo) - Um século em 43..., de Nicholas Meyer.
Especial - Vamos patinar? Reportagem de Maria Luisa Marcoccia.
Crônica 1 (Roterdan Cravo) - O nosso péssimo pão nosso de cada dia.
Crônica 2 (Guido Fidelis) - Primeiras aventuras das pimpolhas, que surgem para bagunçar a cidade.

Falecimentos

Ele era um dos melhores jogadores de damas de 100 casas do País. Seu último grande título: terceiro colocado no Campeonato Pan-Americano de São Caetano, em 2009. Era também um forte jogador no tabuleiro de 64 casas: quarto colocado no Brasileiro deste ano, em junho, e atual nº 7 do ranking nacional.
Brandão jogou por São Bernardo de 2006 a 2009. No tabuleiro de 100 casas, fez embates memoráveis com o campeão brasileiro José Maria Silva Filho, de Santos.
Neste ano, por opção própria, decidiu atuar por Araçatuba. Mas sempre perguntava ao parceiro Oziel, técnico da cidade, se as portas continuavam abertas. "Claro que sim", eu respondia.
Radicado e vivendo há muito no Rio de Janeiro, Brandão era flamenguista roxo. Ele gostava do alojamento de São Bernardo - e da nossa comida. Bom garfo, fazia questão de chegar um dia antes da equipe ao alojamento. Mas era bem assustado quando o assunto era dinheiro. Eu o ameaçava de cortar o salário se o Flamengo fosse campeão em cima do meu
Botafogo. Sério, Brandão arregalava os olhos, parecia acreditar na minha brincadeira.
João Batista Viveiro Brandão partiu aos 41 anos, decorrente de complicações de uma meningite. Gostava de uma cervejinha, mas sabia dos limites: em tempos de jogos, só bebia após o triunfo garantido. O Negão vai fazer muita falta.

· TEXTO: Ricardo Criez, jornalista e escritor, ex-Diário, atual supervisor de damas e xadrez da Prefeitura de São Bernardo.

t SÃO CAETANO
Cemitério das Lágrimas
Achille Chin, 78. Natural da Itália. Dia 23.
Maria Aparecida Gallo Martines, 77. Natural de São Carlos (SP). Dia 30.
Maria Celina Travassos, 76. Natural de Eldorado (SP). Dia 27.
Eugenio Pignoni, 76. Natural de Terra Roxa (SP). Dia 20.
Manuel Vicente Bezerra, 75. Natural de Caruaru (PE). Dia 27.
Levy Domingos Cruz, 68. Natural de Avai (SP). Dia 22.
Ivo Andrian, 53. Natural de São Caetano. Dia 30.




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