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Ministro divulga Censo da Educaçao Profissional
Do Diário do Grande ABC
25/10/2000 | 00:10
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A rede particular de ensino, incluindo o chamado sistema S - formado pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) e seus similares do comércio (Senac), agricultura (Senar), transportes (Senat) e pequenas e médias empresas (Sebrae) -, atende 75% dos 2,8 milhoes de alunos do ensino profissionalizante no país. É o que mostra o primeiro Censo da Educaçao Profissional, divulgado ontem pelo ministro da Educaçao, Paulo Renato Souza, na abertura de seminário internacional sobre o tema, promovido pelo governo.

Mas a predominância de estabelecimentos privados ocorre nos cursos básicos (87%), que nao exigem escolaridade prévia, e nos tecnológicos (61%), de nível superior. No nível técnico, que deve ser cursado durante ou após o ensino médio (antigo 2º grau), as escolas públicas respondem pela maioria - 56% - das matrículas.

"Nunca tivemos a oferta, a prática e a valorizaçao da educaçao profissional em nosso país", disse Paulo Renato, para quem o número de vagas em todo o ensino profissionalizante é "pequeno". Os dados do Censo sao do ano passado.

Paulo Renato lamentou que 71,5% das matrículas estejam concentrados em cursos básicos, como o de marceneiro ou garçom, por exemplo. Do total de 2,8 milhoes de alunos do ensino profissionalizante, apenas 717 mil (25%) estao em escolas de nível técnico e 97 mil (3,5%) em classes de educaçao tecnológica - curso superior mais curto, direcionado para o mercado de trabalho.

Isso mostra que as opçoes de educaçao profissional em nível técnico e tecnológico, que exigem a conclusao do 2º grau, atingem somente 814 mil estudantes. Esse número é bem inferior ao de alunos dos cursos de graduaçao nas universidades do país: 2,4 milhoes no ano passado.

"Nao deveria ser assim", disse Paulo Renato, destacando que, em países desenvolvidos, o fenômeno é justamente o inverso: "Deveríamos ter mais técnicos do que pessoal formado em nível superior."




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