Pelo menos cinco talibãs morreram na província de Helmand durante a ofensiva lançada na terça-feira por mais de 5 mil homens da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte) e das forças afegãs para recuperar o controle desse território. A informação é do ministério afegão da Defesa.

São as primeiras vítimas anunciadas da operação Aquiles, que se concentra no norte da província de Helmand, onde os talibãs ocupam há um mês a capital, Musa Qala, composta por soldados canadenses, holandeses e britânicos.

Helmand abriga a insurreição talibã e o tráfico de drogas no Afeganistão, país que no passado cultivou 92% da produção mundial de ópio.

A restauração de uma importante represa hidrelétrica no distrito de Kajaki, onde estão mobilizados soldados britânicos da Isaf (Força Internacional de Assistência à Segurança), foi suspensa no ano passado devido aos contínuos ataques dos talibãs no local.

Mais de 4,5 mil soldados da Isaf e cerca de mil militares afegãos participarão da operação "Aquiles", que não possui uma data-limite.

A grande ofensiva tem início num momento em que as forças internacionais, sobretudo os soldados americanos da coalizão, são criticados por várias ações nas quais foram mortos 19 civis, nove num bombardeio perto de Cabul e 10 em um ataque suicida no leste do país.

Cinqüenta civis morreram durante outra grande operação da Isaf, chamada "Medusa", que mobilizou quase 2 mil soldados em setembro na província de Kandahar.

Após ter recebido reforços, a Isaf anunciou a mais nova ofensiva para enfrentar os talibãs, que afirmam dispor de até 10 mil combatentes e 200 suicidas dispostos a atacar no sul do país.