O pequeno Estado de New Hampshire (nordeste), de 1,1 milhão de habitantes, é considerado há décadas como um microcosmo do eleitorado americano.
Um dos rivais do presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, para as eleições de novembro de 2004, o ex-governador do Vermont, Howard Dean, é considerado como o favorito para vencer as primeiras eleições primárias.
De acordo com uma recente pesquisa, Dean somaria 35% dos votos democratas do Estado, seguido pelo senador John Kerry (23%), e por Wesley Clark (20%). Clark destacou que planeja abrir escritórios de campanha permanentes nas principais cidades do Estado.
Com 59 anos, o ex-comandante supremo das forças aliadas na Europa, que liderou a campanha militar no Kosovo em 1999, ainda começa cada um de seus dias nadando, antes de entrar numa maratona eleitoral de 13 a 14 horas diárias.
À vontade nas atividades eleitorais, Clark discursa incansavelmente sobre amplos temas de sua campanha, inspirando-se no que chama de "um novo patriotismo", e critica abertamente Bush por "ter iniciado uma guerra injustificada contra o Iraque". "Foi uma ação inútil e irresponsável", insiste, além de lamentar a "paralisação" que afeta atualmente a administração Bush no Iraque.
Clark também promete reconsiderar o papel da Otan, vital, segundo ele, para os interesses americanos e do mundo. Quanto à política interior, o pré-candidato democrata, cuja equipe trabalhou com Bill Clinton e Al Gore, promete anular os recortes dos impostos concedidos por Bush aos mais ricos, e reduzir o déficit para financiar seus programas econômicos e sociais.
Quando se reúne com eleitores, Clark parece simpático e atento, e depois de cada apresentação formal, responde às preguntas da audiência. Por exemplo, em um modesto clube de ex-militares em Concord, a capital administrativa do Estado, Clark se apresentou com um copo de cerveja e iniciou uma conversa.
No final do dia, em uma universidade de Plymouth, afirmou que chorou ao conversar com um casal cujo filho único morreu no Iraque. "Abracei a mãe e ela começou a chorar, então eu também chorei", se emociona o general reformado.
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