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As Copas de 1958 e 1966. E uma festa em Camilópolis...

Brasil e Portugal entram em campo logo mais na África do Sul, repetindo o único encontro anterior das duas nações numa Copa do Mundo

Por Ademir Medici
Do Diário do Grande ABC
25/06/2010 | 00:00
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Brasil e Portugal entram em campo logo mais na África do Sul, repetindo o único encontro anterior das duas nações numa Copa do Mundo. São outras circunstâncias. Portugal não tem Eusébio, mas tem Cristiano Ronaldo; o Brasil vai sem Pelé, e sem Kaká, mas tem Dunga no banco (grande coisa!).

Mas o que queremos lembrar é que, em 1966, com a vitória portuguesa, e a desclassificação brasileira, houve festa em Camilópolis, Santo André, em plena Avenida Utinga, por conta da colônia lusa.

A lembrança é do jornalista Valdenízio Petrolli, que prefere lembrar da Copa de 1958 e do domingo daquele ano dos 5 a 2 do Brasil sobre a Suécia. Petrolli tinha apenas 8 anos de idade, mas o jogo é inesquecível para a sua família, por um motivo a mais: os Petrolli e seus vizinhos, em mutirão, aproveitaram o domingo para colocar as telhas na casa em construção na Rua São Camilo, onde residem até hoje. Uma casa operária e sólida, com telhado em quatro águas como se dizia.

Na Suécia, os comandados do técnico Feola alcançavam pela primeira vez na História um titulo mundial de seleções no futebol; em Camilópolis, os Petrolli cobriam sua casa e ouviam o jogo pelo rádio.

O comando da construção do telhado da casa dos Petrolli foi de um pedreiro muito competente, verdadeiro artesão ao projetar e levantar o madeiramento que receberia as telhas. Seu nome: Alfredo Petrolli, primo do Sr. Alcides, dono da casa. Sr. Alfredo seria o sogro do jornalista Humberto Pastore, atual assessor de Imprensa da Diocese de Santo André.

Sr. Alfredo, casado com dona Emília. Gente antiga do Grande ABC. Eram anônimos como muitos, mas entraram com sua parte na construção do Grande ABC.

Por isso que na Memória de hoje não escolhemos fotos antigas de jogadores de futebol. Preferimos esta foto do casal Petrolli. Eles vieram do interior. Trabalharam bastante. Criaram uma família e vibraram, como tantos, com a primeira Copa conquistada pelo Brasil.

"Em 1958 foi uma festa na rua. Corremos para o alto da Rua Boa Vista. Nunca se viu tantos balões, de todas as cores e formatos", relembra Valdenízio.

Domingo de trabalho, telhas jogadas para cima, macarronada, gritos de gol e um detalhe a mais: as adegas de Camilópolis, onde o vinho era servido em jarras. E o Brasil campeão, "a taça do mundo é nossa, com brasileiro não há quem possa".

Crônica do Zizá

Biquinha
Texto: Eliziário Firmo de Lima
Um dos locais mais conhecidos dos velhos tempos de Santo André foi a biquinha. Ficava onde hoje existe um estacionamento, na Rua Luiz Pinto Flaquer, quase esquina com a Rua Campos Sales. Era a biquinha do antigo campo de futebol do Primeiro de Maio.

Esse campo situava-se no quadrilátero formado pelas Ruas Braz Cubas (entrada), General Glicério, Campos Sales e Luiz Pinto Flaquer. Campo muito bem situado. Ficava praticamente na Praça do Carmo.

A biquinha foi muito usada pelas pessoas que moravam pelas redondezas e serviu, até mesmo, para encontro de namorados.

No campo do Primeiro de Maio chegou a atuar o lendário craque do Paulistano, Arthur Friedenreich, além das equipes principais de times como o Corinthians Paulista e São Paulo FC.

DIÁRIO HÁ 30 ANOS
Quarta-feira, 25 de junho de 1980

Destaque - Pronto o Ford Landau que transportará o papa João Paulo II em sua visita a São Paulo.

São Bernardo - Comerciantes defendem a reativação dos parquímetros ou implantação da zona azul.

Mauá - Praça 22 de Novembro encontra-se abandonada.

Editorial - No jogo do ICM, a seleção de ouro fracassa

Primeiro Plano - Fusão das pequenas e médias empresas.

EM 25 DE JUNHO DE...

1640 - Capitania de São Paulo expulsa os jesuítas.

Agenda da Fundação Pró-Memória

64 anos do SESI de São Caetano (1946).

Trabalhadores
Nascem em 24 de junho (dia de São João):
1895 - Antonio Marcolin. Natural de Treviso, Itália. Sócio nº 82 do Sindicato dos Químicos do ABC. Destilador da Rhodia Química. Residência: Rua Delfim Moreira, 37.
1896 - João Joaquim da Silva. Sócio nº 678 do Sindicato dos Químicos do ABC. Operário da Rhodia Química. Residência: Rua Cerqueira, 188.
1896 - João Francisco de Abreu. Natural de Mogi das Cruzes. Sócio nº 727 do Sindicato dos Químicos do ABC. Foguista da empresa Fernando Hackradt. Residência: Rua General Polidono, Utinga.
1913 - Atílio Bernarde. Sócio nº 4 do Sindicato dos Químicos do ABC. Destilador da Rhodia Química. Residência: Rua Anhaia, 110.
1915 - João Martins de Oliveira. Natural de Morungaba (SP). Sócio nº 40 do Sindicato dos Químicos do ABC. Operador da Rhodia Química. Residência: Bairro Sacadura Cabral.
1923 - João Donegal. Natural de Morro Agudo. Sócio nº 274 do Sindicato dos Químicos do ABC. Servente da Rhodia Química. Residência: Rua Japão.
1924 - Joffe da Silva Thiago. Natural de Paranapiacaba. Sócio nº 563 do Sindicato dos Químicos do ABC. Auxiliar de almoxarifado da Rhodia Química. Residência: Rua Japão, 323, Parque das Nações.
Fonte: 1º livro geral de registro dos associados do Sindicato dos Químicos do ABC

SANTOS DO DIA

Adalberto, Guilherme, Luano e Próspero (escritor eclesiástico).

Na estampa, São Guilherme. Nasceu em Vercelli, Itália, no ano 1085. Em seus 67 anos de vida construiu vários santuários, o primeiro dos quais dedicado a Nossa Senhora do Monte Virgine.

Crédito da estampa: acervo Vangelista Bazani (Gili) e João de Deus Martinez.


FALECIMENTOS

SÃO BERNARDO
Cemitério de Vila Euclides
Joaquim Rodrigues, 96. Natural de Agudos (SP). Dia 22.
Aurora Fajardo Arco Silva, 95. Natural de Araras (SP). Dia 22.
Mercedes da Silva Lisboa, 87. Natural de São Caetano. Dia 21.
Sebastiana Navas Parras, 78. Natural de Tapiratiba ( SP). Dia 21.
Manoel Marin Gimenes, 76. Natural de Penápolis (SP). Dia 22.
Daisi Portela Parajara, 67. Natural de Alegre (ES). Dia 17.
Gilberto Savordelli, 65. Natural de São Bernardo. Dia 19.


IZAULINA ARAUJO
(Bom Jesus da Lapa, BA, 7-3-1921 - São Bernardo, 9-6-2010)

O nascimento na Bahia, a criação em Belo Horizonte, a vinda para São Caetano quando tinha 17 anos de idade. Os pais, José Pedro de Araújo e Francisca Rosa de Araújo, moraram no Centro de São Caetano. Anos depois, Izaulina Araújo mudou-se para São Bernardo, para morar com a irmã. Há mais de 60 anos ela residia em São Bernardo, em dois bairros: primeiro em Nova Petrópolis, depois na Vila Euclides.

Era solteira. Fez carreira como auxiliar de enfermagem no governo do Estado. Durante 38 anos trabalhou no Hospital São Paulo.

"Ela era calma, serena, católica. Frequentava a igreja Santíssima Virgem, no Jardim do Mar. E tinha habilidades manuais. Fazia belos trabalhos em pintura de tecidos. Costurava muito bem", conta a sobrinha, Lúcia Matos Chiarelli.

Izaulina Araújo faleceu aos 89 anos e está sepultada no Cemitério de Vila Euclides.




Comentários

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