Política Titulo Na Assembleia
Bancada do PT afirma que fará oposição ao PSDB, mas que tentará atacar PSL

Deputado petista, Barba declarou que objetivo é isolar o partido de Jair Bolsonaro

Daniel Tossato
Do Diário do Grande ABC
18/03/2019 | 07:00
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 A bancada do PT na Assembleia Legislativa sinaliza adotar tom mais firme neste mandato, apesar da reedição do acordo com o tucanato na eleição da mesa diretora. Deputado estadual reeleito, Teonílio Barba (PT) sustentou que a sigla fará oposição ao PSDB, do governador de São Paulo, João Doria, e que atacará o PSL, do presidente Jair Bolsonaro. 

Barba justificou a postura ao dizer que a deputada estadual Janaina Paschoal (PSL), mais votada para o Parlamento paulista, foi uma das principais arquitetas do impeachment da então presidente Dilma Rousseff (PT), em 2016. O deputado declarou que a ideia é isolar a legenda de Bolsonaro na Casa. “O PSL é de extrema direita, eles (seus deputados) são muito violentos e não sabem conversar. Querem ganhar tudo no grito. Além disso, Janaina é golpista e fascista”, afirmou. 

Correligionário de Barba, Luiz Fernando Teixeira falou em dificuldade no diálogo, contudo, em discurso um pouco mais comedido, disse que tentará manter as relações democráticas que cultivou com outros políticos dentro da Assembleia. Admitiu, porém, que sabe que esta legislatura será uma das mais “rachadas” dos últimos tempos. “Esse pessoal do PSL está chegando agora na Assembleia. Com o tempo eles vão sentir como é atuar lá dentro (do Legislativo), mas acredito que será bem difícil. Eles prezam a violência, assim como o presidente (Bolsonaro)”, discorreu Luiz Fernando.

O PSL tem a maior bancada dentre as siglas que compõem o Legislativo, com 15 cadeiras. O PT é o segundo maior partido, com oito parlamentares. Durante os últimos dias houve movimentação do PT e do PSDB para alinharem postura e, assim, isolar o partido de Janaina Paschoal. 

A aliança gerou resultados práticos, uma vez que Cauê Macris (PSDB) foi reeleito presidente da Assembleia após votação maciça da bancada do PT. O partido, por sua vez, garantiu, mais uma vez, a cadeira da primeira secretaria, com Enio Tatto. O PSL não conseguiu encaixar nenhum indicado na mesa diretora do Parlamento.

Visivelmente incomodada com a aliança entre PT e PSDB, Janaina afirmou, durante a eleição da mesa, que “não tem preço ver o PT se aliar ao PSDB”, enquanto ainda tentava se lançar candidata à direção da mesa. Luiz Fernando, ainda como primeiro secretário da mesa na ocasião, respondeu ao ataque. “A candidatura (à presidência do Legislativo) de Janaina representa o fascismo”, rebateu.




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