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Até bexiga de festa vale no mundo do fetiche
Willian Novaes / Do Diário do Grande ABC
31/10/2010 | 07:10
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Do Diário do Grande ABC


Sandálias, balões de festa, fraldas. Esses são alguns objetos utilizados nas fantasias eróticas de milhares de pessoas. O universo do fetiche parece que não tem limites.

Entre os mais bizarros estão os loorner balloon. Essa é uma nova prática que surgiu no exterior e os brasileiros já tomam gosto pela coisa. Na internet é possível encontrar comunidades que tratam do assunto. O prazer desses fetichistas está em encher uma bexiga de festa até explodir ou sentir na pele a textura do látex.

Encontrar quem tope mostrar a cara é complicado, mas no anonimato eles falam dos desejos. Clara, 23 anos, guarda na garagem da sua casa câmaras de ar de pneu. "Esse é o meu momento de paz. É complicado até para as minhas amigas que não entendem o meu prazer", conta a praticante.

Esses aficionados por bexigas sabem se controlar em festas de criança, pelo menos é o que dizem. "Essa é a primeira coisa que todo mundo fala. Gostamos de balões, mas dentro de casa ou num motel", conta Marcos, 28, que descobriu o fetiche na internet há três anos e passou a utilizar o recurso com a sua namorada. "No começo ela não entendeu muito bem e atualmente ela até gosta."

Para o psiquiatra Danilo Baltieri, coordenador do departamento de Transtorno da Sexualidade da Fundação de Medicina do ABC, ter fetiche não é problema. "Quase todo mundo tem o seu, mas as pessoas precisam de tratamento quando o prazer fica atrelado ao uso de um objeto ou situação", conta. Foi o que ocorreu com o engenheiro Paulo, 42, divorciado e pai de duas crianças

Ele tem prazer apenas com o pé das companheiras e chegou a pedir para a última namorada trocar de sandália com uma mulher em uma balada. O resultado não foi muito satisfatório. O romance acabou e Paulo coleciona fotografias dos pés de desconhecidas no celular que vai encontrando pelas ruas, shoppings e restaurantes. "É um desejo, mas estou longe de perder o controle. Acho que a minha ex não entendeu", comenta ironicamente.

É difícil acreditar que alguém goste de beber urina e ser pisado nos genitais, mas isso acontece. "No começo não gostava muito, mas agora eu adoro pisar e bater e o melhor é que ganho para isso", diz Niele, 24. Ela trabalhou por alguns meses em uma casa sadomasoquista na Capital.

Também há fetiches, principalmente dos homens, engraçados como transar vestidos com fraldas, e inusitados com mulheres em fase de amamentação ou menstruadas. Para especialistas isso não tem nada de doentio, mas esses fetichistas procuram mulheres apenas nestas condições.

 




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