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O Brasil nas Copas e a história contada

A bibliografia do futebol enriquece-se neste início de milênio, em especial em anos de campeonatos mundiais

Por Ademir Medici
Do Diário do Grande ABC
20/06/2010 | 00:00
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O Brasil faz nesse domingo o seu segundo jogo na Copa da África do Sul, frente à Costa do Marfim. Tempo de remexer o baú da história. A bibliografia do futebol enriquece-se neste início de milênio, em especial em anos de campeonatos mundiais. Mas no passado já ofereceu ótimos trabalhos, hoje fora de catálogo, e que merecem ser conhecidos pelos esportistas e, em especial, pelos estudantes de Comunicação que curtem futebol.

A COPA DE 58
Thomaz Mazzoni, jornalista também conhecido por Olímpicus, fez história em A Gazeta Esportiva, jornal que hoje só possui a versão on-line. Em 1958, ele coordenou um livro de fôlego com base na cobertura do seu jornal da Copa daquele ano, vencida pelo Brasil: "O mundo aos pés do Brasil: a desforra de 38, 50 e 54". O sociólogo José Roberto Gianello, de São Caetano, possui um exemplar, impresso em papel-jornal.

Thomaz Mazzoni já havia escrito um volume sobre a Copa de 1938, reunindo crônicas, comentários e relatos jornalísticos daquele mundial. Agora, feliz, ele escreve, na introdução do seu livro de 1958: "Não se trata de um grande livro, nem de literatura, e sim de simples e pura história do grandioso feito do Brasil no 6º Campeonato do Mundo, tudo o que vimos e conhecemos, desde que partimos até o regresso triunfal ao Brasil".

Ao contrário do que afirma o autor, "O mundo ao pé do Brasil" é uma obra muito bonita.

A COPA DE 50
Há 60 anos, os brasileiros viviam a alegria (transformada em tragédia) da Copa aqui disputada. A final frente ao Uruguai ganhou muitas linhas e manchetes na imprensa, vários livros, e uma publicação hoje clássica: Anatomia de uma derrota, de Paulo Perdigão (1986, L & PM Editores, Porto Alegre).

O autor conta a história de um dia, o 16 de julho de 1950, e consegue, 36 anos depois, trazer luzes novas sobre um jogo de futebol. Uma das tiradas: Perdigão transcreve uma transmissão inteira do jogo e vai fazendo suas observações, ilustradas por fotos belíssimas.

Frase - "Isso é uma mentira! Estamos sonhando!" (exclamação de um torcedor no Maracanã, em 16 de julho de 1950.

Crônica do Zizá

Serenatas ao padre Capra
Texto: Eliziário Firmo de Lima
Lá está ainda a casa onde morou o padre Luiz Capra, evidentemente que reformada e bonita ao lado direito da Igreja Matriz, na Vila Assunção, em Santo André.

Benedito Firmo de Lima, meu pai (ao clarinete), o Vicentinho D'Angelo (na flauta), e outros músicos, vez ou outra faziam serenatas ao padre Capra.

Este se levantava, segundo relatos, escutava contente a gentileza dos amigos e, ao final, convidava-os a entrar e saborear juntos um copo de vinho.

SANTOS DO DIA

Adalberto de Magdeburgo, Florentina, Lucano, Miquelina de Pesaro, Rafael Palácios e Severo ou Silvério (na estampa).

Crédito da estampa: Acervo Vangelista Bazani (Gili) e João de Deus Martinez.

DIÁRIO HÁ 30 ANOS
Sexta-feira, 20 de junho de 1980

Manchete - Figueiredo (presidente da República) desafia Oposição a realizar aquilo que reclama

Economia - Conselho Nacional de Segurança prepara planos de racionamento de derivados de petróleo.

Editorial - Austeridade é o caminho certo do governo

Diadema - Cresce número de hortas comunitárias.

São Bernardo - Prefeito Tito Costa empossa dois novos auxiliares: Oldemar da Silva Nico (secretário de Planejamento e Economia) e Antonio Carlos Nogueira (diretor do Departamento Pessoal).

Mauá - Paralisadas as obras do Viaduto da Saudade.

Motoristas - Junta administrativa assume o Sindicato dos Condutores de Veículos Rodoviários do Grande ABC.

Polícia - Identificado ladrão que matou comparsa em São Bernardo.

EM 20 DE JUNHO DE...

1960 - Inaugurado o Serviço Cirúrgico do IAPI no Hospital Santa Maria Goretti, em Santo André.

Trabalhadores
Nascem em 20 de junho:
1888 - Ernesto Custódio da Silva. Natural de Silveira. Sócio nº 940 do Sindicato dos Químicos do ABC. Industriário da Rhodia Química. Residência: Rua Apiaí, 587.

1894 - Emilio Graçadio. Natural de São José do Rio Pardo (SP). Sócio nº 903 do Sindicato dos Químicos do ABC. Industriário da Alca. Residência: Rua Fortuna, 377.

1899 - Antonio Serafim Cardoso. Natural de Ribeirão Pires. Sócio nº 721 do Sindicato dos Químicos do ABC. Guarda da Formicida Campanema. Residência: Rua Ribeirão Pires.

1907 - Eugenio Botani. Natural de Santo André. Sócio nº 1136 do Sindicato dos Químicos do ABC. Afiador da Rhodia Química. Residência: Rua Padre Luiz Capra, 262.
1917 - Miguel Moreno Parras. Natural de Mijas, Espanha. Sócio nº 374 do Sindicato dos Químicos do ABC. Servente de fabricação da Rhodia Química. Residência: Rua Atibaia, 63.

1923 - José Galo Arroyo Garcia. Natural de Gertrudes Boja, Espanha. Sócio nº 841 do Sindicato dos Químicos do ABC. Ajudante mecânico da CBC. Residência: Rua do Centro, 152.

1924 - Francisca Rinke Zanetti. Natural de São João da Boa Vista. Sócia nº 372 do Sindicato dos Químicos do ABC. Operária da CBC. Residência: Avenida Industrial, 2986.

HOJE

Dia Mundial do Refugiado, Dia do Migrante, Dia do Revendedor e Dia do Office-Boy.


FALECIMENTOS

JOANA DE SIQUEIRA CASTRO
(Itapetininga, SP, 24-6-1917 - Santo André 19-5-2010)

A professora Joana de Siqueira Castro pertence a uma família de educadores. O pai, Enéas de Siqueira, foi preparador de Física e Química de uma escola tradicional de Itapetininga, a Escola Normal Peixoto Gomide, a segunda do Estado, depois da Caetano de Campos. Ele e sua esposa, Maria das Dores de Toledo Martins Siqueira, tiveram 13 filhos, dos quais seis mulheres e, destas, cinco professoras, todas formadas e que exerceram a profissão.

A jovem Joana começou a lecionar em Miracatu, no Vale do Ribeira. E em 1948 veio com o marido, Antonio Augusto de Castro, para São Caetano, ele para trabalhar na Quimbrasil, ela para lecionar no Grupo Escolar Silvio Romero, da Vila Gerty; num segundo momento, a professora Joana remove-se para o Grupo Escolar do bairro Campestre, em Santo André, a uma época em que o bairro se formava. Por exemplo: a Rua Marina ainda era de terra.

"Ela era extremamente exigente; os alunos a conheciam pelo olhar. Tinha muito orgulho de ser professora", conta a filha Regina Maria de Castro Gazola, também professora, que estudou em duas escolas tradicionais, a Bonifácio de Carvalho, em São Caetano, e a Américo Brasiliense, em Santo André.

Professora Joana de Siqueira Castro partiu aos 92 anos - iria completar 93 no próximo dia de São João. Está sepultada no Cemitério Jardim da Colina, em São Bernardo. Tinha um neto, Mauricio de Castro Gazola.




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