Como parte da meta de reduzir os custos de operação, a Gol Linhas Aéreas iniciou ontem a demissão de 130 funcionários, entre pilotos e comissários. Outros 28 tripulantes fizeram pedidos voluntários de demissão e 46 aderiram ao plano de licença não remunerada, iniciado em março.

A medida faz parte dos esforços da aérea para reverter as perdas do ano passado, quando foi contabilizado prejuízo líquido de R$ 710 milhões. Em comunicado, a Gol justifica que a ação é "para adequar-se à nova realidade do mercado". Também houve redução em torno de 80 voos do total de 900 diários.

A companhia afirmou que  não deixará de atender a nenhum dos 63 destinos nacionais e 13 internacionais que compõem sua malha. E que manterá a oferta de assentos prevista para este ano. No ano passado, a Gol já tinha eliminado 1.100 vagas de trabalho. Daquela vez, as demissões se concentraram na equipe de solo da companhia aérea.

O plano ainda não está fechado, mas a empresa já definiu que adicionará quatro aviões novos à frota e vai transferir dez aviões para a Webjet, empresa comprada em 2011 e que opera com aeronaves mais antigas. A Gol terá seis aviões a menos em sua frota.

SINDICATO- O presidente do Sindicato Nacional dos Aeronautas, Gerson Fochesatto, pontua que a companhia deu prioridade para funcionários menos experientes nos desligamentos. "O sindicato questionou a necessidade de demissões. Mas a parte positiva disso é que a empresa se comprometeu a dar preferência para os funcionários demitidos quando voltar a contratar. Achamos que em seis meses ela voltará a admitir", disse Fochesatto. (com AE)