Setecidades Titulo São Bernardo
Opção de renda extra vira paixão na vida de jornaleiro

Banca de jornal que fica na Rua Marechal Deodoro, no Centro de São Bernardo

Por Bia Moço
Especial para o Diário
26/12/2017 | 07:00
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Nario Barbosa/DGABC


 O que nasceu como forma de complementar a renda e se manter no mercado de trabalho se tornou a paixão de Paulo Sergio de Souza e Silva, 63 anos, que há dez comanda banca de jornal que fica na Rua Marechal Deodoro, no Centro de São Bernardo. A Revistaria Santa Filomena não foi batizada com esse nome à toa, até porque ficou cerca de 20 anos em frente à capela que leva o nome da santa. Paulo Sergio, como gosta de ser chamado, trabalhou por mais de 30 anos em uma montadora, mas em 2007, com a aposentadoria, plano B entrou em prática.

“Eu tinha de ter carta na manga, e a banquinha estava à venda. Achei que seria uma bela oportunidade de renda, já que fica no coração de São Bernado e o movimento da (Rua) Marechal (Deodoro) já é velho conhecido”, aponta Silva.

Com renda livre de aproximadamente R$ 7.000 por mês, ele diz estar feliz com o empreendimento. Embora seja apaixonado por leitura, revistas e jornais, ele ressalta que o lucro não vem dos impressos, mas da diversidade de produtos. “Vendemos muito cigarro, isqueiros, sorvetes e balas, além de artigos de papelaria, como papel de presente, lanterninha etc. O maior faturamento vem de recarga de crédito em celular, enquanto entre revistas e jornais vendemos cerca de R$ 500 por dia, valor que não bate o de recargas. Há dez anos vendia o triplo disso em impressos.”

Outro bom resultado da banca vem dos serviços de cópia e impressora e venda de apostilas. De acordo com Silva, no início do mês o movimento é mais intenso, porque é próximo do pagamento de salários e de aposentadorias. “O que mais vendemos é revista de fofoca, infantil e esses livros de heróis em quadrinhos para colecionadores. Infelizmente, temos de nos adaptar e buscar alternativas que sejam chamarizes de público.”

Silva tem três filhos e uma neta, mas como paixão é coisa de família, seu filho do meio herdou do pai a vontade do desafio e hoje administra três bancas na região – duas em São Bernardo e uma em Santo André. Quando fala do que mais o motiva, não tem dúvida: “A troca de conhecimento, ouvir histórias, conhecer gente nova todo dia. O melhor de ter um comércio desse é lidar com o público e partilhar experiências”. 




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