A obsessão pela Libertadores terminou com final feliz para o Grêmio. A vitória por 2 a 1 sobre o Lanús, ontem, no Estádio La Fortaleza, em Buenos Aires, mostrou que foi acertada a escolha de Renato Gaúcho em abdicar do Brasileirão para priorizar o torneio sul-americano. Inteiros, os gaúchos foram implacáveis e nem precisaram usar a vantagem obtida no primeiro jogo, quando venceram por 1 a 0, em Porto Alegre, para comemorar o tricampeonato – tinham vencido em 1983 e 1995.

O choro incontido de Renato Gaúcho nos instantes finais evidenciava a importância da marca para ele, que se tornou o primeiro brasileiro a conquistar o título tanto como jogador, em 1983, e agora como treinador.

Sua participação na conquista foi gigante. Ele quem apostou em refugos de times paulistas, como os laterais Edílson e Cortez, o meia Cícero e os atacantes Fernandinho e Lucas Barrios. Ainda teve coragem para lançar jovem como Arthur, que em sua primeira grande temporada já chegou à Seleção.

Por mais que a expectativa fosse de guerra em Buenos Aires, o Grêmio fez a final ficar fácil. Fernandinho abriu o placar aos 27, quando roubou a bola e partiu sozinho para estufar a rede. O melhor estava por vir. Aos 41, Luan fez fila e tocou por cima de Andrada. Nem o gol de pênalti de Sand, aos 27 da etapa final, pôs o título em risco.

Com o resultado, o Grêmio terá a temporada estendida. Em três semanas, dia 12, os gaúchos já têm compromisso: a estreia no Mundial de Clubes, contra Pachuca, do México, ou Wydad, do Marrocos, nos Emirados Árabes Unidos.

Renato Gaúcho foi econômico ao celebrar o feito. “Muita felicidade”. Já o goleiro Marcelo Grohe, outro herói do título, extravasou. “ Agradecer minha família, o clube, minha cidade Campo Bom... Não sei quando vai parar isso aqui”, desabafou.