Prestes a assumir o diretório do PSDB em São Caetano, o prefeito José Auricchio Júnior afirmou que seu principal objetivo como dirigente da legenda será fazer o tucanato são-caetanense ter voz e participação ativa nas decisões da sigla em âmbitos estadual e nacional. Ele será aclamado mandatário do tucanato amanhã.

Tradicionalmente, a executiva são-caetanense era deixada de lado dos debates paulista e nacional pelo fato de a cidade ter pequeno colégio eleitoral (são 128.453 eleitores) e pouca representatividade em cargos públicos no município. Entretanto, em 2016, além da vitória de Auricchio – em chapa pura com o tucano Beto Vidoski –, o partido elegeu cinco vereadores e passou a ter tratamento diferente nos bastidores do tucanato.

“Dirigir o partido me orgulha muito, embora nunca tenha tido ânsia em fazer isso. Mas houve solicitação da bancada e isso se deu de forma consensual”, disse Auricchio, que elogiou o trabalho do antecessor, Beto Vidoski. “Tenho algumas missões. Mas a que mais me estimula é externar o PSDB de São Caetano. O partido cresceu muito, mas a quatro paredes. Está na hora de poder participar nacionalmente do partido.”

O discurso de Auricchio converge com pressão dos demais prefeitos de São Paulo – em especial o da Capital, João Doria, e o de São Bernardo, Orlando Morando – em maior participação de chefes de Executivo municipal nas direções estadual e nacional. Por isso, deve ser aberto assento no diretório paulista e outro na executiva nacional aos prefeitos.

“Estamos em um grupo de prefeitos tratando juntamente com o senador Tasso Jereissati (presidente nacional do PSDB) esse espaço. Estamos discutindo, por exemplo, revisão estatutária. Acredito que possamos participar como coprotagonistas dos debates de escolha do candidato a presidente (da República) e a governador (de São Paulo)”, observou Auricchio, lembrando também que suas missões serão “manter a unidade partidária e expandir a força da legenda”.

THIAGO AURICCHIO
Auricchio argumentou que recebe com “alegria e satisfação” os comentários de que seu filho Thiago poderia ser candidato a deputado no ano que vem. Porém, avaliou que seu caçula ainda precisa se preparar para encarar as urnas.

“O Thiago gosta, tem aptidão político-eleitoral, mas tem 24 anos, está complementando os estudos, acabou de se formar em Direito e quer fazer pós-graduação. Para mim, formação acadêmica é fundamental e ele terá um sobrenome que fará com que a lupa fique em cima dele. Não vou proibi-lo, mas tenho de colocar minhas ponderações”, discorreu o tucano. Auricchio, entretanto, afirma que o partido deverá ter candidato na cidade em 2018.