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Falsos policiais rodoviários roubam carga com Playstation
Por Vanessa Selicani
Especial para o Diário
11/07/2007 | 07:07
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Uma carga de 1.608 aparelhos de videogame Playstation II, da marca Sony, foi roubada segunda-feira, por volta das 7h, na Rodovia Cônego Domenico Rangoni, em Cubatão, no Litoral. O caminhão e as vítimas do assalto foram abandonados na Anchieta, no trecho de serra, em São Bernardo.

O motorista do caminhão, Izarari Ponce de Albuquerque, 58 anos, disse à polícia que três homens com uniformes da Polícia Rodoviária pediram para que parasse. Ele contou que era escoltado pelo policial militar Walter Santana Júnior, 47 anos, que fazia bico como segurança e o seguia com um Honda Civic. Ambos teriam sido rendidos pelos falsos policiais, que os colocaram em outro carro e fugiram com o caminhão.

Os dois teriam sido amarrados e abandonados no Km 34 da Anchieta. Os assaltantes levaram documentos das vítimas e uma arma calibre 38 da PM, que estava com o policial. O motorista do caminhão disse que eles conseguiram se soltar por volta do meio-dia. Com a ajuda de uma pessoa que passava pela estrada, comunicaram a polícia sobre o roubo. O caminhão foi encontrado no Km 63 da Anchieta, sem o contêiner.

A polícia suspeita da versão apresentada por Albuquerque e investiga a possibilidade de um desvio de carga, com participação das vítimas. Os videogames vinham do Porto de Santos para o armazém da empresa portuária Bandeirantes, onde a carga passaria pelo processo de desembaraço aduaneiro – momento em que a importadora pagaria os impostos dos produtos.

O trajeto percorrido tem cerca de 10 quilômetros, segundo os policiais que investigam o caso. Uma equipe do Garra (Grupo Armado de Repressão a Roubos e Assaltos) de São Bernardo foi até o Litoral tentar mais informações, mas não conseguiu recuperar a carga.

Na casa do motorista do caminhão, ninguém sabia do paradeiro dele. “Eu e meus filhos estamos aflitos porque sabemos que o Izarari foi seqüestrado. Não sei do estado de saúde dele”, afirmou a mulher, Marisa de Albuquerque.

A empresa Bandeirantes foi procurada, mas não se pronunciou. As investigações policiais devem ser finalizadas em até 30 dias. (Supervisão de Adriana Gomes)




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