Política Titulo Primeiro quadrimestre
São Bernardo aponta queda de 4% na receita
Por Humberto Domiciano
Do Diário do Grande ABC
31/05/2017 | 07:00
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Divulgação


A Prefeitura de São Bernardo anunciou ontem que registrou queda de 4,1% na arrecadação durante o primeiro quadrimestre de 2017, em comparação com igual período do ano passado, somando R$ 1,1 bilhão. O valor confirma a projeção da Secretaria de Finanças de que as receitas do município podem retrair cerca de R$ 100 milhões até o fim deste ano.

De acordo com o titular da Pasta, José Luiz Gavinelli, mesmo com as medidas de austeridade adotadas desde o começo da gestão do prefeito Orlando Morando (PSDB), o quadro é preocupante. “O prefeito implementou medidas muito severas em relação ao gasto público, criou comitês, realizou cortes e tudo isso gerou uma economia de R$ 100 milhões, mas não resolve o problema por completo. O município está fazendo tudo para conter despesas”, explicou.

Para o secretário, os números acabaram afetados pela sazonalidade dos pagamentos de tributos, como IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano) e IPVA (Imposto sobre Propriedade de Veículos Automotores).

Gavinelli acrescentou que a Prefeitura deve intensificar a cobrança de tributos em atraso. “Teremos mais medidas para controle da inadimplência e melhorar a fiscalização no sentido de evitar sonegação fiscal, fazer o que chamamos de moralizar o recolhimento tributário, buscar de quem não está pagando.”

Durante audiência pública realizada na Câmara, Gavinelli mostrou que os restos a pagar herdados da gestão do ex-prefeito Luiz Marinho (PT), que somavam R$ 328,3 milhões, foram reduzidos para R$ 196,3 milhões, queda de 48,2%.

FOLHA SALARIAL
O governo Morando prepara para o segundo semestre licitação para escolha de instituição financeira que fará a gestão da folha de pagamento da Prefeitura. A expectativa do Paço é arrecadar R$ 80 milhões com o contrato, que vencerá no fim de 2017.

Na visão de Gavinelli, mudanças na regra de portabilidade do crédito e de financiamentos devem afetar o valor final do acordo. “Há cinco anos não tínhamos as hipóteses de mudança de banco por parte dos clientes, ocorria uma fidelização maior”, reconheceu.

Atualmente o serviço é prestado pelo banco Santander, que faz a gestão das contas dos servidores desde o ano de 2002.

Na última renovação, em 2012, a Prefeitura de São Bernardo fechou contrato de R$ 60 milhões com o Santander para que a instituição ficasse responsável pela conta da administração (entrada de impostos e pagamento de fornecedores), além do pagamento de pessoal.

Por nota, a gestão disse que “pretende uma melhora no valor do contrato e este somente incluirá a gestão da folha de pagamento dos servidores”. 




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