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Setores têxtil e pneumático embalam 85 anos da Rhodia
Niceia de Freitas
Do Diário do Grande ABC
19/12/2004 | 15:21
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A Rhodia completa neste domingo 85 anos de atuação no Brasil e, para encerrar ano festivo para a empresa, espera ampliar em 20% o faturamento do grupo, que em 2003 alcançou R$ 1,8 bilhão, R$ 860 milhões dos quais provenientes das unidades Química, Têxtil e Acetow, em Santo André, e Engineering Plastics, de São Bernardo. Para isso, a empresa aposta suas fichas nos setores pneumático e têxtil, que figuram entre os de maior crescimento no país em 2004.

Para alcançar tal objetivo, a empresa mantém programa contínuo de investimentos. Em outubro de 2002, a Rhodia iniciou operação de unidade automatizada de dipping (tecido para pneus), que consumiu algo em torno de US$ 10 milhões. Neste ano, a empresa aumentou a produção de polímeros em 27% para atender à fabricação interna de produtos têxteis, de náilon, de plástico para engenharia e pneus. Além disso, também estuda a produção no Brasil de fios industriais de alta tenacidade com aplicação em airbags, mercado atualmente atendido por exportações.

Em 2005, ano em que a empresa vislumbra expansão mais comedida, pois espera crescer apenas dois a três pontos porcentuais acima do PIB (Produto Interno Bruto), a previsão é de novos aportes nas unidades da região, embora o presidente da Rhodia America Latina, Walter Cirillo, não revele valores nem datas. "Investimentos constantes são uma marca da Rhodia desde a implementação no país."

O mercado externo é encarado pela empresa – que também mantém unidades em Paulínia e Jacareí, ambas no interior de São Paulo – com o mesmo otimismo dos clientes locais. Neste ano, as vendas a 50 países atendidos pelo grupo deverão chegar a cerca de US$ 130 milhões, desempenho 25% superior ao obtido em 2003. Somadas às vendas internas, compõem faturamento equivalente a 2% da receita mundial.

Enxuta – Diante de tais números, Walter Cirillo compara a Rhodia a uma renovada e entusiasmada jovem, e não a uma velha senhora. Renovada e enxuta, é bom que se diga. Se por um lado, os investimentos resultaram em ganhos de produtividade, por outro reduziram significativamente o quadro de funcionários na região. Basta lembrar que as unidades Química e Têxtil, em Santo André, chegaram a abrigar 13 mil trabalhadores há 30 anos e hoje contam com apenas 1,6 mil, de um total de 3,1 mil empregados no país. Apesar do enxugamento, Cirillo aposta nos profissionais da empresa como diferencial competitivo. "Contamos com pessoal altamente qualificado e motivado para enfrentar os desafios dos próximos anos", disse. No mundo, o Grupo Rhodia emprega 23 mil pessoas em 100 países.

Carreira – O 85º aniversário da Rhodia Brasil é comemorado também por funcionários como Vera Lúcia Casadei, que completou 30 anos na casa no último dia 17. "É gratificante estar na Rhodia. Vivi todas as mudanças pelas quais passou a empresa", ressalta. Vera entrou na companhia ainda jovem, aos 17 anos, e durante esse tempo passou por várias áreas, a maioria na divisão química. A profissional conta que já tem direito a pedir aposentadoria, mas pretende seguir trabalhando, "enquanto a empresa achar que dá para atingir objetivos".

Também orgulhoso, o gerente de Assuntos Corporativos Aldirson Vargas Rodrigues acumula 33 anos de carreira na empresa. Começou como estagiário, passou a trainee e analista de estudos econômicos, atingindo anos depois o cargo que ocupa atualmente. "A empresa é uma referência no mercado e, quando dizemos que somos seus empregados, é motivo de admiração." Prova de que a Rhodia conserva reputação no país é que o processo de seleção de estagiários neste ano contabilizou perto de 27 mil inscrições.

Walter Cirillo, presidente da Rhodia para a América Latina, ressalta que atualmente existem 40 brasileiros ocupando diferentes postos na companhia em todo o mundo, o que mostra a importância do profissional brasileiro na hierarquia global do conglomerado empresarial.




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