Com a correria do dia a dia, as pessoas deixam de lado o hábito de ir à feira ou ao supermercado com frequência e, assim, cozinham menos. Em outra análise, mesmo em tempos de crise, os consumidores mantêm o hábito de comer algo diferente nos fins de semana. Ambos os fatores impulsionam cada vez mais o serviço de delivery.

Na região, curiosamente, não é a pizza que está no topo do ranking dos alimentos mais pedidos. Quem domina são carnes (19%) e lanches (15%), conforme pesquisa da Pedidos Já, empresa de pedidos de refeições on-line, cedida com exclusividade ao Diário.

As redondas configuram apenas na terceira posição (13%), seguidas por esfilhas (12%) e marmitex (4%). O levantamento, que possui o intuito de avaliar os hábitos dos consumidores de delivery, considerou cerca de 10 mil pedidos efetuados pelos usuários em mais de 500 estabelecimentos do Grande ABC em 2016.

“Ficamos bastante surpresos com o fato de a pizza se posicionar apenas na terceira colocação. Na Capital, por exemplo, ela continua sendo a campeã na preferência. No entanto, o resultado mostra que cada vez mais os consumidores da região estão interessados em diversificar suas experiências no delivery”, afirma a gerente comercial do Pedidos Já, Bruna Rebello.

Segundo Bruna, pedir comida em casa é tendência cada vez mais presente, ainda mais se o pedido for pela internet. “As pessoas querem pedir no conforto de casa, não querem pegar trânsito ou pagar estacionamento, ainda mais quando estão mais cansadas. É melhor e mais barato pedir por aplicativo ou site”, avalia.

Nas preferências por município, a categoria lanches, composta por hambúrgueres, sanduíches e salgados em geral, aparece no primeiro posto em Santo André (20%) e São Caetano (21%).

Em Santo André, na sequência vêm carnes (15%), esfilhas (15%), pizzas (13%) e marmitex (4%). Já em São Caetano, depois dos lanches estão pizzas (14%), carnes (12%), esfilhas (12%) e, na quinta posição, comida japonesa (4%).

Em São Bernardo, a preferência é por carnes (23%), pizzas (13%), esfilhas (10%), lanches (9%) e marmitex (6%). O Restaurante Chabocão, que oferece carnes na brasa por quilo, utiliza os serviços do Pedidos Já. O sócio-proprietário Eduardo Alves da Silva garante que 10% do faturamento provém do aplicativo e, 30%, do delivery em geral. “É importante essa alternativa porque facilita a vida do consumidor, e fica mais fácil para ele chegar até o nosso restaurante. O aplicativo acaba ajudando porque estamos em uma época em que a economia está muito parada”, afirma.

Para se utilizar da ferramenta, Silva conta que destina à empresa cerca de 8,5% do valor total dos pedidos, algo semelhante à comissão de um garçom.

“O Grande ABC é um mercado que está em franco crescimento. Percebemos que muitos jovens, especialmente, se utilizam do aplicativo. Temos número crescente de downloads. Sem contar que, recentemente, alguns restaurantes têm aberto as portas na região. Trata-se de local com forte potencial, e onde esperamos crescer bastante”, explica Bruna.

Para quem deseja buscar um serviço de delivery o aplicativo do Pedidos Já está disponível para iOS, Android e Windows Phone.

Tíquete médio de gastos por pedido na região é de R$ 43

O tíquete médio de gastos com delivery no Grande ABC é de R$ 43 por pedido. Isso é o que aponta levantamento cedido com exclusividade ao Diário pela Pedidos Já.

Considerando os valores por município, São Caetano lidera o maior montante desembolsado ao pedir comida em casa pela internet, com R$ 46.

Na sequência aparecem São Bernardo (R$ 45) e Santo André (R$ 41). Para efeito de comparação, em São Paulo a quantia por pedido é de R$ 60.

De acordo com a empresa de pedidos de refeições on-line, 30% das solicitações costumam vir acompanhadas por bebidas, em sua maioria por refrigerantes.

PERFIL - Quem mais se utiliza do aplicativo ou do site para acionar o delivery no Grande ABC são as mulheres, com 57% do total. Já a faixa etária da maior parte dos consumidores da região é de pessoas entre 20 e 30 anos, representando, da mesma forma, 57% das solicitações.

As formas de pagamento mais utilizadas são o cartão de crédito, com quase a metade (49%) dos pedidos. Na sequência, estão dinheiro (33%), cartão de débito e tíquete refeição (ambos com 9%).