Setecidades Titulo São Bernardo
Estrada Velha traz risco para esportistas

Ciclistas e corredores se unem em audiência
pública para pedir segurança na via

Por Renato Fontes
Especial para o Diário
01/05/2016 | 07:00
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Denis Maciel


Os ciclistas consideram a Estrada Velha de Santos, localizada em São Bernardo, local perfeito para quem gosta de pedalar no Grande ABC. Entretanto, o trecho de seis quilômetros utilizado pelos esportistas necessita de melhorias, principalmente em relação à conservação da pista e o uso seguro da via.

Pensando nisso, na manhã de ontem, grupo de ciclistas e triatletas se reuniram para discutir esses e outros pontos que serão abordados na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, em audiência pública agendada para o dia 9, às 19h. O deputado estadual Orlando Morando (PSDB) será o responsável por levar o tema para discussão. Mais de 1.000 assinaturas foram recolhidas para um abaixo-assinado.

“Necessitamos de reforço na sinalização e iluminação, recapeamento do acostamento, aumento da fiscalização do DER (Departamento de Estradas de Rodagem) e da Polícia Militar Rodoviária, instalação de radares e, principalmente, uma ciclofaixa”, destaca o parlamentar.

Ele vai além e sugere o fechamento da rodovia para carros, assim como acontece na Avenida Paulista, na Capital. “Se a Avenida (Paulista), que é considerada o símbolo de São Paulo, fecha aos domingos, por que não fechamos a Estrada Velha também?”, defende.

Cerca de 5.000 pessoas (entre atletas e turistas) transitam na Rodovia Caminho do Mar (SP-148) aos fins de semana. O maior fluxo na rodovia, que liga o litoral à Capital, mas tem trecho fechado para o tráfego de veículos, ocorre entre às 6h e 10h. “A região proporciona aos atletas e turistas as melhores condições climáticas para a prática de esportes e para lazer”, analisa Morando.

Corredor e triatleta há 15 anos, Rodrigo Lobo, 33 anos, frequenta a via desde 2001. Ele divide espaço com os carros. “Os motoristas pensam que são os donos do pedaço”. afirma. Para o esportista, que comanda equipe de 70 atletas, os quilômetros 35, 36, 39 e 40 são os principais trechos que representam perigo.

Renata Ortiz, 35, é fisioterapeuta, mas há seis anos adotou o triatlon como hooby. Ela e o marido saem de São Paulo duas vezes por mês e, por quatro horas, praticam atividade física às margens da rodovia. “Já presenciei dois acidentes. Os carros são imprudentes, mas tem alguns ciclistas que também são folgados. A relação entre motorista e ciclista não é amistosa. Deveriam propor alguma melhoria nesse sentido”, opina.

O gerente de empresa Carlo Borelli, 34, veio de Ribeirão Preto para morar na Capital em janeiro. Ele também adotou a Estrada Velha para pedalar. “Há poucos lugares favoráveis à prática do esporte como esse no Brasil. mas deveria ser mais bem cuidado. Vejo muita gente dirigindo bêbada ou usando drogas”, revela. 




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