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Vendas de carros seguem em alta no mês de julho
Por Leone Farias
Do Diário do Grande ABC
31/07/2010 | 07:25
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As vendas da indústria automobilística nacional se mantiveram em alta em julho. Dados extra-oficiais, coletados junto a fontes de montadoras, apontam que até anteontem, dia 29, o segmento comercializou 281.342 unidades (de automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus), 7% mais que o total vendido em junho (262.775 unidades).

Levando-se em conta que ainda falta computar os números de registros de licenciamentos de ontem (último dia útil do mês), o percentual de crescimento no resultado mensal do setor deve ser ainda mais expressivo.

Para o consultor automotivo Paulo Roberto Garbossa, a melhora no volume vendido já era esperada. "O mês de junho foi atípico, teve a Copa do Mundo, que atrapalhou. As pessoas estavam mais preocupadas em comprar TV e assistir aos jogos", afirma.

Ele acrescenta que neste mês houve também trocas de linhas (chegada de modelos 2011) e promoções. "Montadoras e importadoras estão com campanhas promocionais agressivas para manter os estoques baixos. Quem ganha com isso é o consumidor", diz.

Já está quase no mesmo patamar de julho do ano passado, quando foram comercializadas 285.463 unidades. O volume de carros vendidos é apenas 1,4% menor, mas o último dia útil do mês pode tirar essa diferença. Os últimos dias do mês costumam concentrar grande quantidade de licenciamentos. Na quinta-feira, por exemplo, foram 18.783 unidades vendidas.

Além disso, a comparação é de 21 dias úteis (sem contar a sexta-feira) contra 23 no mesmo mês do ano passado. Dessa forma, pela média diária, os dados já são favoráveis ao desempenho deste ano: são 13.397 unidades frente a 12.411. E é bom lembrar que, em meados de 2009, havia o efeito positivo da redução do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) para automóveis.

Acumulado - No acumulado do ano (sete meses iniciais, descontando um dia de julho), foram 1.861.037 unidades vendidas até agora, 9,26% mais que as 1.703.174 no mesmo período.

A expectativa da Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores) é de que o setor chegue ao fim do ano com total de 3,4 milhões de unidades vendidas, 8% mais que em 2009.

Para Garbossa, há boas possibilidades de que esse número se confirme. "Mas vai depender também da taxa de juros", avalia. Isso porque as seguidas elevações da Selic (taxa básica), pelo Banco Central, podem gerar aumento nos juros ao consumidor e influir na demanda, já que tradicionalmente, boa parte das vendas de carros (em torno de 70%) é financiada.




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