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Maranhão e FUABC se reúnem para solucionar atraso

Prefeitura de Rio Grande da Serra deve quase três meses de repasses e direção da instituição sofre pressão para cancelar contrato com cidade

Por Raphael Rocha
Do Diário do Grande ABC
14/02/2016 | 07:00
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Anderson Silva/DGABC


A direção da FUABC (Fundação do ABC) se reúne nesta semana com o prefeito de Rio Grande da Serra, Gabriel Maranhão (PSDB), para encontrar solução a respeito dos quase três meses de atraso no repasse da administração municipal à instituição regional pelos serviços prestados na área da Saúde da cidade.

Segundo dados do Portal da Transparência de Rio Grande, o governo deve R$ 636,1 mil à FUABC entre notas fiscais já emitidas e quantias transferidas à conta da entidade. A média de gasto anual com o contrato é de R$ 3,7 milhões por ano.

O saldo devedor pode parecer ínfimo perto da receita da FUABC para 2016 – R$ 2,1 bilhões, terceira maior peça orçamentária da região, atrás somente das prefeituras de Santo André e de São Bernardo. Contudo, a presidente da fundação, Cida Damaia, salientou que para cobrir o atraso de Rio Grande, há necessidade de retirar recursos de outras fontes pagadoras adimplentes, o que pode gerar problemas de serviço a outras cidades e dentro do conselho do órgão.

“Estamos na fase do diálogo com a Prefeitura de Rio Grande. Queremos chegar a um acordo, por isso vamos ter essa reunião. O prefeito se colocou à disposição para conversar. Mas tenho de prestar contas também, para o conselho, para auditores externos e para promotores, que diariamente estão lá”, ponderou Cida.

O Diário apurou que há integrantes do conselho curador dispostos a romper o contrato com a Prefeitura de Rio Grande por conta dos constantes atrasos, mas a maioria defende renegociação por se tratar de uma administração do Grande ABC.

O impacto da falta de pagamento por parte do Paço de Rio Grande à FUABC é o adiamento da quitação de salários de funcionários. Servidores ligados à entidade reclamam que há dois meses não recebem – houve protestos, mas ainda não se fala em greve.

Gabriel Maranhão não retornou aos contatos da equipe do Diário para comentar o assunto.

EXPANSÃO
Cida Damaia reforçou que os planos atuais da FUABC não envolvem expansão de contratos, mas a busca de otimizar os acordos vigentes. Segundo ela, a crise econômica pela qual passa o País vai frear qualquer projeto de aumento de atuação.

“O momento é de cautela. Não dá para pensar em expansão e precarizar o serviço. O que temos feito é melhorar o atendimento dentro do que o contrato oferece, como rearranjar fluxo, funcionários, insumos. A fundação é reconhecida nacionalmente pelo atendimento que presta e isso precisa ser mantido”, analisou.




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