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Sem projeto em Diadema, PSDB acerta passos pela vice de Lauro

Legenda tem costura apalavrada nos bastidores ao posto de número dois, porém não concluiu internamente indicação de representante

Leandro Baldini
Caio dos Reis
Especial para o Diário
01/11/2015 | 07:00
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Montagem/DGABC


Ausente pela primeira vez na disputa pelo comando do Paço de Diadema desde o processo eleitoral de 2004, o PSDB já define últimos passos para indicar o representante à vaga de vice na chapa do prefeito Lauro Michels (PV), que tentará emplacar a reeleição em 2016. Município será o único em todo o Grande ABC que não terá cabeça de chapa a prefeito pela sigla.

Internamente, o tucanato diademense mantém estratégia sob sigilo. Porém, a indicação partirá dos nomes da ex-vereadora e ex-prefeiturável Maridite Cristóvão, do presidente da Câmara, José Dourado, e do presidente municipal da sigla e secretário de Saúde, José Augusto da Silva Ramos.

A decisão de composição com o chefe do Executivo foi selada de maneira oficial no mês passado e envolveu aperto de mão entre Lauro e o secretário da Casa Civil do governo Geraldo Alckmin (PSDB), Edson Aparecido, que também integra executiva estadual da sigla.

Na cúpula paulista, o nome que desponta como favorita à vaga é de Maridite. Mulher de José Augusto, a ex-vereadora encabeçou candidatura tucana em 2012, ficando com a terceira posição na corrida após conquistar 21.388 votos (9,48% das adesões válidas). No segundo turno, a tucana aderiu à campanha de Lauro, que derrotou o então prefeito Mário Reali (PT).

Em território diademense, Zé Dourado desfruta de mais prestígio entre lideranças locais. Seu nome segue defendido por grupos internos, após sinalizar disposição em ocupar posto.

De maneira remota está a condição de José Augusto. O titular da Saúde é visto como “última alternativa”, uma vez que grande parte dos tucanos almeja seu ingresso novamente na disputa pela Câmara. Em 2012, angariou 7.254 votos – mais votado na cidade – e assegurou à bancada do PSDB duas vagas.

“São nomes bons, de histórico na cidade. E, pelas informações que obtive, o processo está sendo bem conduzido internamente. Na semana que vem, estarei em Diadema para acompanhar mais de perto”, argumentou o coordenador regional do tucanato, Márcio Canuto.

Historicamente, Diadema foi dominada politicamente pelo PT, que emplacou vitórias em pleitos municipais, contabilizando 30 anos de gestão. A série foi interrompida justamente na eleição de 2012, quando Lauro – cuja trajetória foi iniciada no PSDB – derrotou Reali.

“No município sempre tivemos dificuldade. No entanto, conseguimos ao longo dessa gestão conquistar representatividade, gerindo Pastas importantes, além do comando do Legislativo”, complementou Canuto. O partido comanda Finanças, com Francisco José Rocha; Saúde, que é coordenada por José Augusto; além da presidência da Câmara, que está nas mãos de Zé Dourado.

O triunfo no Legislativo, inclusive, marcou a primeira vitória da sigla em disputas políticas.

O melhor resultado, até então, havia ocorrido na eleição de 2004. Na época, José Augusto venceu o primeiro turno contra o ex-prefeito José de Filippi Júnior (PT) por aproximadamente 10 mil de diferença. No entanto, tomou a virada no segundo turno e acabou derrotado por apenas 554 sufrágios.

Preteridos, D’Orto e Pavan mantêm plano majoritário

Depois de serem preteridos em processo interno do PSDB, o empresário Charles D’Orto e o advogado Patrick Pavan mantêm projeto majoritário visando a sucessão de Saulo Benevides (PMDB) em Ribeirão Pires. Sem partido, eles costuram outro caminho ao sustentar que não desistiram de concorrer ao Paço em 2016. O tucanato municipal escolheu a ex-secretária de Educação da gestão Clóvis Volpi (PSDB) Rosi de Marco (PSDB) para ser a pré-candidata da legenda. A decisão aconteceu após pesquisa de intenção de votos na cidade. Ambos estavam entre os cinco possíveis nomes do partido.

Irmão da ex-vereadora Mercedes D’Orto (PV, morta em 2013), Charles D’Orto admitiu que, diante de “susto familiar” ocorrido no dia 10, cogitou desistir do páreo, porém não recuou da proposta. “Fomos assaltados e isso me fez repensar a questão da candidatura. Mas tenho vontade de fazer diferente e não vou descartar a saída como candidato a prefeito neste momento. A cidade pede uma terceira via e acredito que meu nome é boa opção”, explicou. Em contrapartida, ele citou que não está, atualmente, em negociação com nenhuma legenda. “Tenho proximidade apenas com o PTC, mas tenho base sólida e um grupo forte, que já sinalizou que não quer desistir. Então vou dar continuidade ao projeto. Com a mudança nas regras eleitorais temos algum tempo (até fim de março) para decidir ainda”, disse.

Presidente da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) de Ribeirão Pires, Pavan sinalizou que pode consolidar entrada em partido político ainda neste ano para iniciar as tratativas eleitorais. “Ainda não posso falar, mas estou negociando com uma legenda e devo ter novidades em breve. O projeto continua sendo tocado para uma candidatura a prefeito em 2016”, frisou Pavan.

Além de Rosi e Saulo, Adler Kiko Teixeira (PSB) e Renato Foresto (PT) são os prováveis prefeituráveis do pleito. 




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