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Felipe encontra doador de medula compatível

Pequeno morador de São Bernardo tem doença rara e precisa de transplante para sobreviver

Por Natália Fernandjes
Do Diário do Grande ABC
01/11/2015 | 07:00
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Celso Luiz/DGABC


Demorou três meses a busca do pequeno Felipe Martins da Silva, 3 anos, para finalmente encontrar doador de medula óssea 100% compatível. O morador de São Bernardo estava em uma corrida contra o tempo para ter chances de realizar o transplante necessário na tentativa de cura da síndrome hemofagocítica, doença rara e autoimune no sangue.

Toda a família da dona de casa Ana Paula Martins, 31, está em êxtase. “A impressão que tenho é que estou grávida e que meu filho vai nascer de novo”, comemora a mãe.

A data do transplante só será definida no próximo mês, tendo em vista a necessidade de obter resultado de exame que apontará onde está o erro genético causador da doença. “Sabemos que é um processo muito difícil, mas não tenho sombra de dúvida que já deu certo”, destaca, confiante.

Ana Paula credita o encontro de doador, cuja identidade não é conhecida pela família, dentro de curto prazo a ação divina. Isso porque a situação era de desespero, já que, segundo ela, após conclusão da quimioterapia, um dos pais faria o procedimento mesmo não sendo 100% compatível.

“Nesta semana (semana passada) termina a última sessão de quimioterapia e estávamos preocupados porque não sabíamos o que fazer. Dois minutos após essa conversa superdifícil com a médica, ela voltou com a notícia de que havia achado o doador”, lembra a mãe.

Para Ana Paula, a injeção de ânimo afetou também o filho, que estava bastante debilitado. “Foi incrível. Após receber a notícia, ele veio para casa mais animado e até pegou um brinquedo, coisa que ele não faz”, destaca. Depois da temporada internado, Felipe mora com os pais em apartamento no bairro Jordanópolis. Devido à necessidade de isolamento, os irmãos precisaram se mudar para a casa de parentes até que ele se recupere. “A única diversão dele é assistir a filmes”, conta Ana Paula. O garoto é fã do jovem bruxo Harry Potter e dos Pequenos Espiões.

 

CADASTRO

A chance de paciente que depende de transplante de medula óssea encontrar doador compatível é de, em média, uma a cada 100 mil. Por isso, o cadastro de possíveis doadores se coloca como esperança na luta contra o tempo travada pelas famílias.

Ana Paula lembra da importância de que as pessoas continuem a se cadastrar no Redome (Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea), “A campanha não para. Me envolvi com essa causa e vou continuar a promover caravanas até o hemocentro. Em dezembro, traremos uma unidade do hemocentro até São Bernardo”, diz.

Quem quiser se cadastrar, basta se dirigir à Santa Casa de Misericórdia, na Rua Marquês de Itu, 579, na Vila Buarque, em São Paulo. O horário de atendimento vai da segunda a sexta-feira, das 7h às 15h, e o telefone é (11) 2176-7258.




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