Fora da disputa por uma vaga para o Mundial, os bolivianos apegaram-se ao orgulho para tentar arrumar motivação para vencer a partida diante dos brasileiros, nesta quarta-feira. Eles ainda não esqueceram a humilhante derrota por 5 a 1 diante do Equador, na última rodada. Diante disso, nada melhor do que uma supresa frente a um adversário incontestavelmente mais forte.

Para isso, apostam no fator altitude como principal aliado. “Não é um mito que a altitude afeta você”, afirmou o atacante Milton Coimbra. “A situação (na Bolivia) está tão ruim que nós devemos uma vitória para o povo”, disse o goleiro Fernandez.

O jogo desta quarta tem também um um ingrediente adicional para os bolivianos porque pode ser uma revanche pela goleada de 5 a 0, em setembro de 2000, no Rio. “Queremos que a seleção se despeça de seus torcedores com uma vitória frente ao Brasil. Disse aos jogadores que se conseguirem a vitória, ninguém jamais poderá lhes tirar esse orgulho”, disse o técnico Carlos Trucco.

Nas eliminatórias para a Copa dos Estados Unidos, a Bolívia derrotou o Brasil por 2 a 0 em La Paz, quebrou a invencibilidade dos tetracampeões em eliminatórias e instalou uma crise na seleção na época treinada por Carlos Alberto Parreira, hoje no Internacional-RS. Em 1997, no entanto, a Seleção Brasileira ganhou dos bolivianos, em La Paz, na decisão da Copa América.