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Assaltos preocupam Parque João Ramalho

Abordagens acontecem no início da manhã, a mão armada; idosos são os alvos preferenciais

Por Yago Delbuoni
Especial para o Diário
30/06/2015 | 07:00
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Andréa Iseki/DGABC


Moradores do Parque João Ramalho, em Santo André, vivem com medo. A ameaça de assalto a mão armada na região faz com que os vizinhos pensem duas vezes antes de sair de casa.

A situação ficou mais complicada depois de Rosália Garbez Gomes, 60 anos, ter sido assaltada há duas semanas, na porta de sua residência, por um rapaz de jaqueta de couro preta que pilotava uma motocicleta. Ela contou que até as alianças foram levadas. “Quando a moto se aproximou da minha casa, achei que iria estacionar no vizinho, mas assim que sai, o ladrão anunciou o assalto e mostrou uma arma.”

Agora Rosália não consegue sair de casa com tranquilidade. “Fico com muito medo. O assalto foi bem na minha calçada, imagine se o ladrão resolve entrar em casa. O caso aconteceu por volta das 7h45. A minha filha sai cedo para trabalhar, ficamos todos preocupados.”

O relato de Rosália não é único. Outros moradores já foram vítimas, como é o caso do comerciante Jeronimo Pereira Neto, 75, instalado na Rua Sarapuí há 44 anos. No período, seu estabelecimento já sofreu ao menos 12 assaltos. “Já foi pior, mas não dá para dizer que hoje está 100%. Diria que me sinto 70% seguro em relação ao bairro, mas ouvimos casos de assaltos recentes por aqui.”

Pereira Neto acredita que é necessário ter mais rigor na punição. “Nessas vezes que fui assaltado, vi quatro vezes revólver no meu rosto, até acostumei. A polícia até faz ronda por aqui, mas os criminosos são mais espertos e esperam a viatura passar para agir. O problema é que as leis não conseguem chegar junto, a fim de diminuir a sacanagem que acontece.”

A aposentada Elizabete Rita Ribeiro, 55, disse que a situação de insegurança a preocupa. “Não tem como deixar de sair, não tem como fugir dos compromissos do cotidiano, mas tem que tomar cuidado. Cheguei a perder consultas com médicos porque vi estranhos na rua e preferi ficar em casa. Melhor prevenir.”

Procurado, o 2º DP (Camilópolis), responsável pela área, informou que não foi feito nenhum boletim recente sobre assaltos no Parque João Ramalho, e enfatizou a importância de registrar a ocorrência para a atuação da polícia. Já a Polícia Militar foi procurada, mas não retornou até o fechamento desta edição. 




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