A dengue, que assombrou o País nos últimos meses, ocasionou quatro mortes no Grande ABC. As últimas vítimas eram moradoras de Santo André e contraíram a doença de forma autóctone (no próprio município). Um dos óbitos foi de uma senhora de 76 anos, moradora do bairro Santa Terezinha. Atendida no CHM (Centro Hospitalar Municipal), ela morreu no dia 29 de abril e a sorologia foi liberada pelo Instituto Adolfo Lutz em 15 de maio.

A outra morte foi de uma mulher com 39 anos, que vivia em Utinga. Ela recebeu atendimento médico em hospital particular do município andreense e morreu no dia 15 do mês passado.

Anteriormente, dois outros óbitos haviam sido registrados, o primeiro deles em Diadema, no dia 16 de março. A pessoa, do sexo feminino, que morava no bairro Piraporinha, passou por unidade hospitalar privada em São Bernardo, onde foi diagnosticada com a doença.

Em 10 de abril, no município de Santo André, uma moradora de São Bernardo morreu aos 48 anos, depois de ser atendida em serviço particular andreense. A mulher, que tinha diabetes e doença pulmonar, contraiu a patologia na cidade em que residia. Sendo assim, tecnicamente, a contabilidade da morte é para o local de residência da vítima.

Segundo a Secretaria de Saúde de Santo André, está em investigação a morte de uma moradora do município, mas atendida em hospital particular de São Caetano. A Pasta aguarda o resultado da sorologia no Adolfo Lutz. Um óbito também está sendo investigado em São Bernardo.

Nos primeiros cinco meses do ano, a região contabilizou 4.563 casos autóctones de dengue, sendo 17 em Ribeirão Pires, 295 em São Caetano, 444 em Mauá, 1.056 em Santo André, 1.271 em Diadema e 1.480 em São Bernardo. Apenas em território diademense houve registro da enfermidade no mês de junho, com 13 pacientes até o momento. A Prefeitura ressalta que o número pode sofrer alteração, uma vez que o município aguarda resultado de sorologia para mais exames.

Os meses de março e abril foram o auge de pessoas infectadas com a dengue. Nesses períodos, Santo André chegou a registrar 439 e 503 casos; São Bernardo, 797 e 431, e Diadema, 711 e 291.

No primeiro semestre do ano passado, as ocorrências da doença somaram 1.067 atendimentos. Comparando aquela época com o mesmo período deste ano, o aumento foi de 328,9%.

Embora as campanhas de combate à dengue sejam permanentes, todas as cidades reforçaram as ações, na tentativa de controlar a propagação da enfermidade.