Se voltar à Série A do Brasileiro de 2006, um ano após ser rebaixado, o Grêmio deverá muito do acesso aos seus torcedores. O time gaúcho possui a melhor média de público da competição, com 19.466 pagantes por partida, depois de as fases iniciais serem dominadas pelos clubes do Nordeste. Outro finalista, o Santa Cruz, vem em seguida, com 18.560 torcedores por jogo. Porém, nem a Série A (que tem Corinthians e Fortaleza com as melhores médias) nem a Série C chegam perto do Remo, o time que leva mais público às suas partidas e é participante do quadrangular final. São, até agora, 29.585 pagantes por jogo disputado no Mangueirão.

Caso não suba para a Série A, a Portuguesa, outro finalista da segunda divisão, pode ter a companhia do Remo em 2006. A média das duas equipes, porém, deverá apresentar diferenças profundas. Mesmo finalista, a equipe paulista é somente a 18ª colocada, com 2.547 pagantes por jogo, abaixo até mesmo de um time do Estado, o Paulista, eliminado na primeira fase, mas que apresentou média de 3.616 torcedores no estádio Jaime Cintra, em Jundiaí.

O outro finalista da Série B, o Náutico, tem a quinta média, com 11.759, atrás do rebaixado Bahia (16.293) e do rival Sport Recife (14.890). Mesmo com a queda para a Série C, o Bahia protagonizou o jogo de melhor público do campeonato até agora. O clássico diante do Vitória, que também caiu, no dia 4 de junho, foi acompanhado por 36.125 pessoas.

O segundo e terceiro melhores públicos mostram a força do Grêmio nas etapas decisivas. Contra o Náutico (vitória por 1 a 0), foram 36.104 pagantes e contra o Santa Cruz (2 a 0 para o Grêmio), as bilheterias do Olímpico venderam 36.102 ingressos. Em quantidade, porém, é o Santa Cruz que tem mais jogos entre os dez mais assistidos: Santa Cruz 0 x 0 Sport (32.969), Santa Cruz 3 x 0 Santo André (32.529), Santa Cruz 5 x 1 Avaí (31.879) e Santa Cruz 1 x 0 Grêmio (29.744). A média do campeonato é de 7.184 torcedores por jogo.