Política Titulo Para R$ 120
Com protesto da oposição, aumento ao Imasf é aprovado

Servidor terá de transferir 24% a mais para plano de saúde; administração culpa empresa

Leandro Baldini
Do Diário do Grande ABC
06/11/2014 | 07:00
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Montagem/Denis Maciel


Mesmo com duras críticas da bancada da oposição, a Câmara de São Bernardo aprovou ontem o projeto de lei que reajusta o valor do repasse dos servidores públicos ao Imasf (Instituto Municipal de Assistência Social à Saúde do Funcionalismo), responsável pelos planos de saúde da categoria no município.

De autoria do Executivo, a matéria consiste em reajuste de 23,7% na quantia transferida à autarquia por cada beneficiário, saltando dos atuais R$ 97 para R$ 120, para quem pretende utilizar o serviço de atendimento médico oferecido pelo Imasf.

O texto foi apresentado apenas um dia antes de sua votação, o que gerou a primeira indignação por parte dos oposicionistas.

“São vários fatores que não podem deixar de serem citados para se registrar o absurdo. Não dá para entender essa pressa do Executivo e o alto índice de reajuste para um serviço que recebe muitas reclamações pela sua ineficiência”, discursou Marcelo Lima (PPS).

As críticas foram reforçadas pelo vereador Juarez Tudo Azul (PSDB), que direcionou ataques ao governo Marinho. “Essa matéria vem contra ao que estamos trabalhando, porque são serviços muito ruins. E a Prefeitura vai contemplar isso, propondo reajuste?”

Em protesto, os oposicionista deixaram o plenário no momento da votação, já que Marinho conta com ampla base governista.

Líder do governo, José Ferreira (PT) afirmou estar ciente sobre as reclamações de usuários da rede de atendimento, porém explicou que a empresa responsável pela execução do serviço determinou o reajuste nos valores praticados. “Estamos cobrando por melhorias, mas precisamos aprovar o projeto porque a empresa que realiza o serviço diz que não exerceria mais por R$ 97 (por beneficiário). Assim, teríamos de abrir novo processo licitatório e é difícil conseguir prestador de serviço que cobre menos do que R$ 200 (por servidor)”, explicou. A atual prestadora é a GreenLine.

O presidente da Casa, Tião Mateus (PT), reforçou as palavras de Zé Ferreira. “Todas as empresas de plano de saúde estão reajustando”, considerou. 




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