Candidato a deputado estadual, o vereador de Santo André Almir Cicote (PSB) reconhece que a aceitação ao nome da presidenciável Marina Silva (PSB), de quem é aliado, contribuiu positivamente para sua candidatura. Cicote destaca, porém, que a adesão à sua campanha também se dá “pelo anseio de mudança”, já que é a primeira vez que o socialista tenta vaga na Assembleia Legislativa.

“É fato que a imagem de Marina trouxe credibilidade para minha candidatura, até porque nós já estávamos juntos no projeto de criar a Rede Sustentabilidade. Porém, sinto que a população tem aceitado bem o fato de sermos candidatos pela primeira vez (ao Parlamento paulista) e defendermos alguns pontos, como o fim da reeleição para presidente da República”, frisa.

Escolhida como substituta do então presidenciável Eduardo Campos (PSB), que morreu em agosto, Marina passou a figurar como principal candidata opositora ao projeto de reeleição da presidente Dilma Rousseff (PT), escanteando o senador mineiro Aécio Neves (PSDB). A socialista chegou a aparecer tecnicamente empatada com a petista em sondagens para o primeiro turno e com dez pontos de vantagem em provável segundo turno. Com o tempo, essa ascensão de Marina se desidratou e a briga pelo segundo lugar embolou.

“A queda de Marina é resultado da desproporcionalidade do tempo de propaganda de TV. Enquanto Dilma tem quase 12 minutos, nós temos apenas dois”, discorre Cicote, que acredita que a correligionária conseguirá chegar ao segundo turno.

“Toda a máquina pública está a favor da candidatura de Dilma. O PT comanda várias prefeituras no Brasil, que estão trabalhando em prol dela e é claro que isso reflete nesse resultado”, analisa.