Embora se considere governista, o vereador Sidão da Padaria (MDB), de São Caetano, não atendeu ao pedido do governo na eleição deste ano e, em vez de pedir votos para Thiago Auricchio (PR), defendeu a candidatura da primeira-dama de São Bernardo, Carla Morando (PSDB) – para federal, seu voto foi em Fabio Palacio (PSD), adversário da gestão de José Auricchio Júnior (PSDB). Carla se elegeu – com 4.154 votos são-caetanenses –, mas Palacio ficou fora, e com votação menor do que teve há dois anos, quando concorreu ao Paço. Na terça-feira passada, Auricchio chamou os vereadores da base, como faz semanalmente, para debater pautas legislativas. Sidão resolveu aparecer. Também como costuma fazer, o prefeito deu a palavra a todos os presentes. Sidão falou e fez mea-culpa. Disse estar arrependido de não ter apoiado Thiago, reconheceu o erro. Depois da fala, todos se viraram para Auricchio, à espera da reação. Mas o tucano deu de ombros e passou a palavra a outro parlamentar.

BASTIDORES

Movimentações
Estão a todo vapor as especulações para a eleição para presidência da Câmara de Mauá, marcada para o fim do ano. O prefeito Atila Jacomussi (PSB) até tentou falar com a base aliada para manter seu pai, Admir Jacomussi (PRP), no comando do Legislativo, mas a ideia foi rechaçada de bate-pronto. Quem tem conversado com os parlamentares é Chiquinho do Zaíra (Avante). Independente do governo, Chiquinho vem falando que conta com sete votos e precisaria de mais cinco para vencer a concorrência. Outro que se coloca na corrida interna é Neycar (SD). Entre Chiquinho e Neycar, o governo mostra predileção pelo segundo, já que o primeiro pode ser adversário nas urnas em 2020.

Estratégia
O posto de presidente da Câmara de Mauá virou estratégico desde que Atila Jacomussi (PSB) foi preso no âmbito da Operação Prato Feito. Ter Admir Jacomussi (PRP) como chefe da Casa foi vital para o socialista – com pulso firme, Jacó, como é conhecido, convenceu os vereadores a rejeitarem todos os pedidos de impeachment contra o filho. Se Chiquinho do Zaíra (Avante) for presidente e outra ação judicial atingir Atila, o destino pode não ser o mesmo.

Má fase
De fato o momento político do ex-vice-prefeito de São Bernardo Frank Aguiar (PRB) não é dos melhores. Depois de ser derrotado nas duas últimas vezes em que buscou cadeira na Câmara Federal por São Paulo, o Cãozinho dos Teclados voltou à terra natal, o Piauí, em busca de se eleger senador por seu Estado. Terminou o pleito na quinta colocação, com apenas 151,2 mil votos (5% dos válidos). Os eleitos foram Ciro Nogueira (PP), com 897,9 mil votos (29,9% dos válidos) e Marcelo Castro (MDB), com 812,2 mil (27%).

Quadrinhos
A AMA-A ABC (Associação dos Metalúrgicos Anistiados e Anistiandos do ABC) lança hoje a revista em quadrinhos Ditadura: que História é Essa?, que narra o período da ditadura militar brasileira, que teve início em 1964 e terminou em 1985. Presidente da entidade, ligada ao Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, João Paulo de Oliveira declarou que a ideia foi atingir público jovem sobre a história do País. “Nosso lema é lembrar sempre para não repetir nunca. Um dos objetivos com o projeto da HQ é atingir o público mais jovem, que não viveu este período sombrio, ou era muito novo para compreendê-lo. Queremos mostrar o que foi a ditadura em uma linguagem que seja acessível à garotada também.”

Recado
Prefeito de Rio Grande da Serra, Gabriel Maranhão (sem partido) gravou vídeo dizendo ser um tucano que vai votar no governador Márcio França (PSB), candidato à reeleição. O coordenador regional do PSDB, Márcio Canuto, porém, entrou na página de Maranhão nas redes sociais para rebater a gravação, dizendo que o prefeito de Rio Grande foi expulso do tucanato.