Economia Titulo Em 10 anos
Parque de Sto.André deve faturar R$ 500 milhões

Polo da região, entretanto, ainda está reunindo documentos
que faltaram; o projeto será assinado na próxima quarta-feira

Soraia Abreu Pedrozo
Do Diário do Grande ABC
27/03/2010 | 07:00
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O parque tecnológico de Santo André deve faturar, em 10 anos, R$ 500 milhões, o que equivale hoje a 4% do PIB (todas as riquezas geradas) no município. A expectativa, para se ter uma ideia, corresponde a 25,4% do orçamento total da Prefeitura para 2010, que é de R$ 1,967 bilhão.

O projeto do Centro de Desenvolvimento Tecnológico será oficialmente assinado pelo secretário do Desenvolvimento Econômico do Estado de São Paulo, Geraldo Alckmin, na quarta-feira, e terá prazo de dois anos para entrar em funcionamento.

O Pólo Tecnológico do Grande ABC, entretanto, ainda está finalizando a documentação necessária para se candidatar ao SPTec (Sistema Paulista de Parques Tecnológicos), que hoje conta com 11 iniciativas e prepara-se para receber mais quatro: Santo André, Ilha Solteira, Mackenzie e Zona Leste.

Desde meados de fevereiro, quando a secretaria de Desenvolvimento Econômico enviou resposta à solicitação de pré-credenciamento do polo, a Agência de Desenvolvimento Econômico do Grande ABC, à frente do projeto regional, está colhendo as informações faltantes. "O processo é mais complicado porque temos de lidar com sete cidades, e não com uma só", justifica Luiz Almeida, coordenador das relações institucionais da Agência, se referindo ao fato de Santo André já ter conseguido a aprovação do parque.

Segundo Almeida, faltavam três tópicos: a descrição da área mínima de 200 mil m²; cartas de referência de entidades representativas, como Ciesp (Centro das Indústrias do Estado de São Paulo) e associações comerciais da região, indicando que a Agência tem capacidade para gerir o polo; documentação da Agência, como contrato social.

As áreas que serão apresentadas são compostas por universidades e incubadoras, por exemplo, locais onde existe o desenvolvimento de pesquisa e tecnologia. Na terça-feira, dia 30, haverá reunião para finalizar os ajustes. Segundo o coordenador, em um primeiro momento só constarão áreas ocupadas e quando aprovada a verba solicitada ao governo será utilizada para elaboração de estudo sobre a instalação do polo.

Porém, de acordo com o coordenador de Ciência, Tecnologia e Inovação da Secretaria de Desenvolvimento, Pedro Bombonato, é necessário ter terrenos livres para a instalação de empresas de tecnologia. "Senão, apenas se está consolidando uma área preexistente. É necessário, ainda, constar no pré-projeto, o que se pretende instalar e onde. Primeiro se projeta isso, para depois receber recursos e desenvolver o estudo de viabilidade técnica", diz Bombonato.




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