A crise no mercado internacional, gerada pelo incremento das vendas de crédito subprime está provocando desacelerações em diversos mercados no mundo e já reflete na cotação das commodities.

Para qualquer um, exceto economistas e investidores bastante disciplinados, a frase acima não passa de um emaranhado de palavras sem qualquer sentido real.

Com tantas notícias veiculadas diariamente, é sabido que os Estados Unidos passam por um momento bastante difícil. O país protagoniza uma crise sem precedentes em todo o mercado mundial.

No entanto, é sempre muito difícil compreender o motivo de tanto alvoroço, afinal o caos que se instalou no mercado financeiro parece muito distante do cidadão comum. No meio de tantos bilhões de dólares, altas de poucos porcentos, baixas de muitos, informações, cotações e números, resta uma grande interrogação: como que toda essa crise afeta o bolso da população?

CRISE
A idéia de que a crise ainda está distante do bolso do brasileiro não está de todo errada. É preciso que o cenário atual piore muito para que cada notícia negativa vinda do mercado externo desperte calafrios no cidadão comum.

Tudo começou há poucos anos, quando havia grande facilidade de acesso a empréstimos. Até mesmo os maiores devedores norte-americanos se aventuraram em financiamentos para pagar a compra de imóveis. Já conhecidos pela inadimplência, os bancos credores ofereciam o crédito a juros mais altos que a primeira linha desse mercado.

Como já era esperado, essa dívida não foi quitada, gerando um forte prejuízo nos bancos que forneciam esse crédito. Os bancos fornecedores a esses clientes, por sua vez pegavam empréstimos em outros bancos maiores, os chamados bancos de investimentos. Esses são as maiores vítimas da crise. Alguns, como o Lehman Brothers, chegaram a pedir concordata nos últimos meses.

INFLUÊNCIA
A influência desse caos chega a outros países uma vez que os bancos de investimento passam a não ter mais dinheiro para emprestar para grandes empresas, que trabalham com o crédito vindo do Exterior.

Sem esses empréstimos, empresas de todo o mundo não conseguem investir em inovações em suas produções, sendo obrigadas a trabalhar apenas com o crédito disponível em caixa. A falta dos investimentos gera um aumento no custo da produção, que será repassado ao valor dos produtos que são adquiridos pelo consumidor.

Apesar do cenário construído, países com a economia forte dependem muito pouco de recursos externos para sua produção. Por isso, o Brasil ainda está a salvo da crise, pelo menos por enquanto.