Durante a campanha eleitoral, o prefeito eleito de Rio Grande da Serra, Gabriel Maranhão (PSDB), nunca escondeu que daria continuidade ao governo de Adler Kiko Teixeira (PSDB). Sempre que podia, o tucano exaltava o trabalho do chefe do Executivo, a quem chama de padrinho político.

Mas as poucas mudanças não ocorrerão somente no modelo de gestão. O primeiro escalão do futuro governo tucano deve ser praticamente o mesmo do atual. Maranhão garante que não vê motivos para reforma no quadro de comissionados. "A grande maioria dos secretários deve ficar no meu mandato. Ainda não há nada definido, mas estamos estudando as possibilidades", afirmou.

O principal rearranjo deve ser feito para abrigar a atual vice-prefeita, Helenice Arruda (PTB). Nos bastidores, comenta-se que a petebista pode chefiar a Secretaria de Educação. A petebista deseja comandar o setor desde o primeiro mandato, iniciado em 2005. "Ela estará conosco. O clima entre nós é muito bom e por isso vamos mantê-la. Só não tenho a definição da Pasta", ponderou.

Maranhão fez questão de reiterar o bom relacionamento com a vice-prefeita. No ano passado, Helenice entrou em rota de colisão com Kiko para ser candidata ao Paço. Sem apoio dentro e fora do grupo governista, ela teve que se contentar em indicar alguém do PTB para compor a chapa majoritária, no caso, a vereadora e ex-tucana Marilza Aparecida de Oliveira.

Nos três meses da campanha, o problema pareceu superado. Helenice era figura carimbada nas atividades de rua e ganhou prestígio do prefeito e de Maranhão.

O futuro administrador de Rio Grande precisa escolher um substituto para a Secretaria de Obras, comandada por ele há sete anos. "Ainda não estamos conversando sobre as trocas. Voltei (para a Pasta) com intuito de preparar projetos que serão iniciados no ano que vem. Meu tempo está dedicado totalmente a isso", ponderou o tucano.