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Fantasiado de aventureiro

Um teste a bordo do Citroën AirCross 2013

Por Vagner Aquino
26/09/2012 | 07:00
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Alguns apreciam a robustez do Citroën AirCross, que só de altura tem 1,70 metro, sem contar as barras de teto longitudinais em alumínio (item que pode ser um problema nas garagens com portões mais baixos). Fantasiado de aventureiro, o modelo parte de R$ 53,9 mil - R$ 8.300 a mais que a versão convencional, batizada pela marca francesa de C3 Picasso.

Na hora de guiar, a embreagem (bastante) leve e a alavanca do câmbio em posição ligeiramente elevada facilitam a vida a bordo. O veículo - vendido apenas na América Latina - se deixa levar sem sustos. Basta não abusar para descobrir que sua estabilidade é melhor do que se espera e que suas funcionalidades acabam justificando o preço - que não foge muito quando comparado à concorrência. Para se ter ideia, o Ford EcoSport parte de R$ 53.490.

 

COMODIDADE

Para conferir ainda mais comodidade, o banco do motorista tem regulagem de altura e o volante é ajustável também em profundidade. Qualquer que seja o biotipo do motorista, não é difícil achar a posição ideal. Já para o passageiro, o negócio é se contentar com o bom espaço para as pernas.

Tanto em espaço (2,54 metros de distância entre-eixos) quanto em conforto, o AirCross não faz feio. Quem vai no banco de trás também tem espaço garantido, tanto para as pernas quanto para ombros e cabeça. Mesinhas do tipo avião também estão no pacote.

Mesmo quando se pega a estrada, o silêncio a bordo é constante. Nada de ruídos do vento lambendo as janelas. Já nos trechos esburacados, o tremor da (rígida) suspensão chega a incomodar... Se estivéssemos a bordo da versão sem a parafernália off-road (C3 Picasso) o incômodo seria menor.

Na hora de enfrentar a lama ou a areia fofa, os pneus 205/60 R16 de uso misto (que revestem as rodas de 16 polegadas e desenho exclusivo) e a altura em relação ao solo de 23 centímetros na dianteira e 24 cm na traseira (3,6 cm e 4,1 cm maior que a versão convencional, respectivamente) fazem a diferença entre os irmãos. Porém - apesar do visual aventureiro - nada de sistemas eficientes como o Locker, da Fiat, por exemplo, cujo bloqueio eletrônico do diferencial se encarrega de vencer as enrrascadas. Seria necessário, afinal, estamos falando de um veículo de 1.411 quilos

 

Com novo motor, consumo é menor

 

Verdade! Ainda não especificamos a motorização do monstrão da marca francesa. Produzido na fábrica de motores do Centro de Produção de Porto Real (RJ), o bloco Vti 120 Flex agora gera 122 cv - 9 cv a mais que a configuração anterior. Outra novidade é o uso do sistema Flex Start, que dispensa o famoso tanquinho de gasolina - que começa o pré-aquecimento do etanol logo que a porta do motorista é aberta.

Além de empurrar o AirCross com dignidade (o torque máximo é de 16,4 mkgf a 4.000 giros), o novo motor deixou de beber em demasia. Visualizado no computador de bordo, o consumo médio durante nosso teste não foi inferior aos 7 km/l.

E o AirCross tem, sim, outros atributos. O espaço no porta-malas é um deles. Capaz de levar 403 litros, ou mesmo 1.500 litros com os bancos rebatidos. Mas, na hora de abrir e fechar a tampa, as mãos, inevitavelmente, ficam sujas - culpa do estepe pendurado lá atrás.




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