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Medicina: desafio de vencer a morte
Tauana Marin
Do Diário do Grande ABC
13/10/2013 | 07:00
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 Pense em uma profissão em que é essencial estudar para sempre, que a dedicação deve superar dificuldades e cujo maior desafio é saber lidar com a vida e morte. Na Medicina, tudo isso deve ser aplicado diariamente.
“O médico abdica, por muitas vezes, da vida pessoal e da família. Mais do que dom, é necessário amor pela profissão”, observa o neurocirurgião especialista em coluna Marcelo Ferraz de Campos, presidente da APM (Associação Paulista de Medicina) regional São Bernardo.

Para se formar médico, são necessários seis anos de estudo. Depois, o aluno deve fazer residência, que pode durar entre dois e cinco anos, dependendo do ramo escolhido. Segundo o neurocirurgião, dermatologia e especialização em imagem (como ressonância magnética) são muito procurados. Vale lembrar que para fazer residência o formando passa por triagem. “É como se fosse um concurso, em que o médico vai colocar em prática o que aprendeu. Geralmente o atendimento é feito na rede do SUS (Sistema Único de Saúde)”. De acordo com os últimos dados do Sindicato dos Médicos do Grande ABC, em 2012 o piso salarial para profissionais com jornada de 20 horas semanais era de R$ 2.591, e para jornadas de 24 horas, de R$ 3.110.

O presidente da Associação Paulista de Medicina acredita que entre os principais desafios atuais da profissão está a falta de suporte técnico (como medicamentos e aparelhos para diagnóstico) nas clínicas e hospitais. A concorrência é outro obstáculo. “Em 1996 existiam 82 faculdades de Medicina, que formavam 9.000 médicos por ano. Em 2012, o número passou para mais de 200 universidades e 18 mil médicos novos.” Por isso, quanto mais especializado for, mais chances de o profissional ter boas oportunidades.

MÉDICOS ESTRANGEIROS
A vinda de médicos estrangeiros ao Brasil é um dos temas atuais mais debatidos. Para o presidente da APM regional o problema do País não é com a falta de médicos, mas sim, com a falta de infra-estrutura. “Nada contra os colegas de profissão de outros países, mas é preciso frisar que temos mão de obra. O que não queremos é arriscar a vida das pessoas. Às vezes não dá para trabalhar com os recursos que são oferecidos em regiões mais carentes. Falta medicamento, falta tudo. O governo precisa olhar para o suporte técnico, porque profissionais o Brasil tem. E muito.”




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