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ACM monta estratégia de defesa
Brasília
Das Agências
25/04/2001 | 00:27
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Preocupado com o seu futuro político, o senador Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA) passou a maior parte edsta terça-feira preparando a defesa que pretende apresentar ao Conselho de Ética do Senado amanhã, quando for ouvido sobre a lista de votos da sessão que cassou o ex-senador Luiz Estevão, na próxima quinta-feira.

Embora ainda esteja terminando de montar a estratégia de defesa, ACM já avisou que vai insistir que não deu qualquer ordem à ex-diretora do Prodasen Regina Borges. Em relação à declaração do ex-líder do governo senador José Roberto Arruda, afastado nesta terça do PSDB, de que ele e ACM telefonaram para Regina a fim de agradecer a lista, o senador baiano insiste em negar.

Tentando demonstrar tranqüilidade, o senador Antonio Carlos evitou falar sobre o que pretende fazer, salientando que “em respeito aos integrantes do conselho” só vai se pronunciar em plenário, na quinta. Adiantou apenas que tem retificações a fazer em relação ao discurso do senador José Roberto Arruda e ao de Regina.

Toda a linha da sua defesa só será concluída depois que Antonio Carlos ouvir atentamente os depoimentos de todos os funcionários do Prodasen que depuseram no conselho. Ele afirmou que a base de seu depoimento ao Conselho de Ética amanhã será política.

Em conversa com interlocutores, ele considerou um erro primário a atitude de Arruda de ter ido à tribuna do plenário primeiro para negar tudo que Regina Borges havia falado e, depois, para se expor em uma confissão patética. O senador baiano disse ainda que, se tivesse intenção de obter essa lista, teria outros meios de fazê-lo, sem precisar usar Arruda como intermediário. ACM também não pretende defender o ex-líder do governo.

Depois de participar de uma reunião da executiva do PFL no Maranhão, onde recebeu apoio do partido, ACM foi para Brasília e se recolheu em casa para discutir sua defesa com correligionários, assessores próximos e advogados.

Conversou até mesmo com o líder do PMDB, senador Renan Calheiros (AL), que mais cedo havia discutido com um aliado de Antonio Carlos, deputado José Carlos Aleluia (PFL-BA), o seu futuro político.

O senador baiano só chegou ao Congresso depois das 16h, o que não é seu costume, e dirigiu-se direto para o plenário.

Evitando isolar-se, ACM fez questão de conversar com vários senadores, particularmente os integrantes do conselho de ética. A todos repetia que não pediu a lista que Arruda lhe apresentou, mas que, naturalmente, leu-a atentamente. Não admitiu em nenhum momento que tenha telefonado para Regina a fim de lhe agradecer o cumprimento da missão. O senador está convencido de que, mesmo que seja quebrado seu sigilo telefônico, não aparecerá em sua conta a ligação para Regina.

O senador disse que pretendia nesta quarta-feira repetir a rotina de terça: passaria a maior parte do tempo em seu apartamento preparando o depoimento e compareceria ao Senado apenas para participar das votações de plenário.




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