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Naufrágio deixa 59 mortos nas Filipinas
Por Do Diário do Grande ABC
13/04/2000 | 11:11
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Cinqüenta e nove pessoas morreram e mais de 100 desaparecidas nesta quinta-feira, depois que uma barca com 200 pessoas virou no Sul das Filipinas. A esperança de encontrar sobreviventes diminui, disse Abdusakur Tan, governador da província de Sulu, onde aconteceu o acidente.

A barca tinha licença para transportar apenas nove tripulantes, 11 passageiros e cargas.

As fortes ondas prejudicaram o trabalho de busca feito pela Marinha e por barcos particulares.

A barca, de 71,68 toneladas, identificada pela guarda costeira como Anahada, virou a 2,4 quilômetros do porto de Jolo, às 21h. (hora local), quando seguia para Bongao, na ilha filipina de Tawi-Tawi, no extremo sul do país.

O secretário de Defesa, Orlando Mercado, disse que a superlotaçao de ferry-boats é comum nas Filipinas e pediu ajuda militar para que a guarda costeira possa localizar e prender os responsáveis.

Autoridades disseram que a superlotaçao seria a causa mais provável do acidente, uma vez que nao há indícios de sabotagem e o tempo estava bom.

Tan disse que a barca estava transportando vários tonéis de combustível no convés superior, que podem ter tombado para um lado da embarcaçao, transferindo o peso e fazendo com que a barca virasse.

Três corpos foram encontrados na tarde desta quinta-feira (hora local), aumentando o número de mortos para 59, disse Tan. Dezenove sobreviventes foram levados para um hospital de Jolo, capital da província de Sulu, acrescentou o governador. A maioria dos mortos no acidente provavelmente é filipina.

A embarcaçao de madeira, construída para o transporte de cargas, foi transformada pelos operadores em uma barca de passageiros e tinha como destino final o Estado de Sabah, na Malásia. Autoridades informaram que nao há registro de estrangeiros entre os mortos ou feridos.

``Entre 150 e 200 pessoas' estavam a bordo quando o ferry-boat deixou o pier de Jolo', disse Mercado.

``Quando vistoriamos a embarcaçao, às 18h. (local), havia apenas nove tripulantes e onze passageiros na barca', disse o comandante da guarda-costeira, capitao Heliberto Pascual.

Investigadores foram informados de que a barca recolheu passageiros de pequenos barcos próximos ao pier, acrescentou.

``Um instituto de pesquisa da Bélgica fez um apanhado dos desastres marítimos nos últimos 100 anos e o nosso país foi onde aconteceram mais acidentes e mortes', disse Mercado.

Emissoras de rádio divulgaram que o ferry era de propriedade do prefeito de Jolo.




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