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Mineirão tem festa: fora, só bagunça
Anderson Rodrigues
Do Diário do Grande ABC
Com Agências
03/06/2004 | 01:03
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O Mineirão foi usado nesta quarta por Ricardo Teixeira, presidente da CBF (Confederação Brasileira de Futebol), como lobby do Brasil para receber a Copa do Mundo de 2014. Joseph Blatter, presidente da Fifa, convidado para o jogo entre a Seleção Brasileira e Argentina, gostou do que viu e disse que o Brasil é candidato forte a receber o mundial. Enquanto as autoridades teciam elogios ao estádio, uma grande bagunça tomou conta do lado de fora. Um dos problemas surgiu da própria Polícia Civil – responsável pela ordem no local –, que protestou contra os baixos salários. Com a atenção voltada na manifestação, os policiais não viram os milhares de torcedores que corriam atrás de ingressos nas mãos de cambistas. O mais caro custava R$ 400 e o mais barato, R$ 100. "Não vimos nenhum. Meus homens não me informaram da ação dos cambistas", disse o delegado Gustavo Botelho.

"A Polícia pede socorro", diziam as faixas, em português, inglês e espanhol, espalhadas em frente ao saguão principal do Mineirão, porta de entrada do governador Aécio Neves e das autoridades convidadas, entre elas Blatter, Teixeira e Nicolás Leoz, o presidente da Conmebol (Confederação Sul-Americana de Futebol).

Blatter, das tribunas de honra, não viu a confusão do lado de fora do Mineirão. Mas o presidente da Fifa adiantou: o Brasil tem grandes chances de sediar a Copa do Mundo de 2014. "A Fifa estabeleceu a rotatividade de continentes para os Mundiais. Em 2006 será na Alemanha; 2010, na África do Sul; e em 2014 está decidido que será na América do Sul, o continente tem nove títulos mundiais – dois do Uruguai, dois da Argentina e cinco do Brasil. É justo que receba a Copa. Não digo que será do Brasil, mas o país tem todas condições de organizar o Mundial", revelou Blatter, homenageado nesta quarta por Aécio Neves com a Ordem do Mérito da Inconfidência Mineira.

Leoz revelou nesta quarta que o Brasil tem a unanimidade dos votos da Conmebol. E Blatter, insiste Leoz, sabe muito bem que é a candidatura é de consenso. "No último congresso da nossa confederação, nove dos dez presidentes de federações nacionais sul-americanas votaram a favor do Brasil como candidato único a receber o Mundial de 2014. Nove votaram a favor e o décimo voto foi do Ricardo Teixeira", disse Leoz, que descartou a possibilidade de uma candidatura conjunta de Chile e Argentina. "O Mundial será no Brasil."




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