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Com expansão da produção, emprego industrial no País reage
Leone Farias
Do Diário do Grande ABC
09/04/2011 | 07:15
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Depois de cinco meses estagnado, o emprego na indústria brasileira reagiu em fevereiro, crescendo 0,5% frente a janeiro, de acordo com dados da nova pesquisa do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). A retomada mais intensa de contratações reflete a expansão da produção industrial, que em fevereiro subiu 1,9%, segundo outro levantamento do IBGE.

Isso, por sua vez, deve-se, entre outros fatores, à demanda aquecida, por exemplo, na área automotiva. O segmento registrou recorde de vendas no primeiro trimestre deste ano, apesar das medidas do governo para a contenção do crédito (elevação das taxas de juros e alta do depósito compulsório para financiamentos de longo prazo).

Há também o efeito calendário, observa o economista André Macedo, da coordenação da indústria do IBGE. "Pelo fato de o Carnaval não ter ocorrido em fevereiro, houve antecipação de produção das empresas, o que influenciou favoravelmente o emprego", assinala. Ele acrescenta que isso também refletiu no aumento do número de horas pagas, que subiu 1,1%, depois de ficar estável em janeiro.

Na comparação com fevereiro de 2010, o emprego na indústria apresentou expansão de 2,9%, 13º resultado positivo consecutivo. O índice acumulado no primeiro bimestre de 2011 também apontou crescimento de 2,9%.

Uma das principais contribuições positivas sobre o resultado global veio de São Paulo (2%). Na indústria paulista, as maiores influências positivas partiram dos setores de meios de transporte (8,5%), alimentos e bebidas (4,5%), têxtil (9,2%) e máquinas e equipamentos (4,3%).

Segundo o diretor da regional do Ciesp (Centro das Indústrias do Estado de São Paulo) de São Caetano, William Pesinato, a região foi bem, mas há preocupação com a inflação, que já chegou a 2% até agora, e também com o câmbio. Se a taxa básica de juros continuar subindo, a tendência é que entrem mais dólares de investidores interessados em especular no País, com a consequente sobrevalorização do real.

 




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