Se o técnico Zé Alexandre ainda tem o que ensinar às jogadoras do BMG/São Bernardo nesta Superliga Feminina de Vôlei, ele pode muito bem pegar o vídeo da partida de ontem, contra o Osasco, e mostrar a aula apresentada pela equipe adversária no primeiro jogo da série melhor de três das quartas de final.

É bem verdade que por diversas vezes o time do Grande ABC fez frente e trocou bons rallys, mas a superioridade técnica, tática e física fez a diferença em favor do time osasquense que, com apoio da torcida e as presenças fundamentais das jogadoras da Seleção Brasileira Adenízia, Thaisa, Jaqueline, Tandara e Fabíola, fechou a partida em 3 sets a 0 (25/20, 25/12 e 25/14).

Apesar do resultado evidenciar a disparidade entre os times, o São Bernardo demonstrou qualidade. Defesas incríveis da oposto Sthefanie, ataques precisos da também oposto Lia e pancadas da central norte-americana Dani Scott foram os pontos fortes.

O primeiro quarto foi bastante equilibrado. São Bernardo iniciou em vantagem, mas depois do décimo ponto viu a qualidade do time da casa fazer a diferença. Assim, Osasco fechou em 25 a 20.

O segundo período teve começo similar ao primeiro, com a equipe do Grande ABC à frente no placar, mas permitindo a virada adversária. Aliás, em certo momento do set São Bernardo estagnou e assistiu de camarote o rival fazer 25 a 12.

No terceiro, o técnico Zé Alexandre tentou, orientou, pediu, cobrou, mas de nada adiantou. O time parece ter sentido e Osasco liquidou a fatura por 25 a 14.

Indicada a melhor da partida, a norte-americana Hooker agradeceu a presença dos pais ao Ginásio José Liberatti. "Não os vejo há seis meses. Com eles aqui me sinto em casa."

Já a são-bernardense Lia destacou a qualidade das rivais e prevê duelo diferente na sexta-feira, no Poliesportivo (18h45). "Fomos aguerridas no começo, mas para quem briga por classificação não pode dar mole assim. Jogar em casa vai ser diferente", concluiu a oposto.