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Cristaos e muçulmanos esquecem diferenças para receber Papa
Por Do Diário do Grande ABC
25/03/2000 | 15:37
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``Uma mesquita próxima de uma igreja é um símbolo de uniao e harmonia', proclamava um grande cartaz em Nazaré, onde o ambiente entre cristaos e muçulmanos era tranquilo este sábado, por ocasiao da visita de Joao Paulo II.

Ao chegar à Basílica da Anunciaçao, onde celebrou uma missa, o Santo Padre foi aclamado calorosamente pela multidao, composta essencialmente por cristaos, mas entre os quais também havia muçulmanos.

Antes do final da missa, uns 500 muçulmanos rezaram em um terreno situado em frente à basílica, onde as autoridades muçulmanas pretendem construir uma mesquita.

Este projeto envenena há um ano as relaçoes entre muçulmanos e cristaos na principal cidade árabe de Israel, onde vivem 60 mil pessoas, em sua maioria muçulmanas.

``A construçao da mesquita nao deve afetar as relaçoes entre cristaos e muçulmanos', considera o ima da oraçao, o xeque Nazem Abu Salim.

``Estamos dispostos a receber o Papa, inclusive no local de nossa mesquita', afirmou, suavizando assim as declaraçoes de outro dignitário muçulmano de Nazaré, que neste sexta havia advertido contra qualquer intervençao de Joao Paulo II nesta controvérsia.

A homilia do Papa na missa deste sábado nao teve qualquer alusao a este conflito, que, contudo, ameaçou impedir sua viagem. ``A visita do Papa unirá as duas comunidades', ponderou Sami Haddad, um estudante cristao de 20 anos. ``O Papa é um pai espiritual para todos nós e acredito que os muçulmanos reagirao favoravelmente a esta visita', adiantou.

Para monsenhor Riyah Abu Al Asal, arcebispo da Igreja Católica na Terra Santa, ``cristaos e muçulmanos de Nazaré devem recuperar a razao'. Mas, adianta, ``a soluçao deste problema está nas maos do Governo israelense', que autorizou a construçao da mesquita.




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