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Dengue volta ameaçadora à região
Adriana Gomes
Do Diário do Grande ABC
08/04/2007 | 07:00
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O primeiro trimestre deste ano registra um número ameaçador para a saúde pública do Grande ABC. A região já registra 51 casos confirmados de dengue, dos quais cinco são autóctones (originados no local de moradia dos pacientes). Considerando que o total de casos suspeitos beira 200 (173 em cinco cidades; duas não informaram) e que abril é considerado o mês mais crítico em termos de ocorrências, não é difícil supor que o quadro pode se agravar nas próximas semanas. Em todo o ano passado, foram confirmados 164 casos nas sete cidades (oito autóctones).

Embora não caibam comparações com cidades cujos números caracterizam epidemia – como Itanhaém, no Litoral Sul, com 357 casos confirmados, e Ubatuba, no Litoral Norte, com 582 pessoas infectadas –, parte das cidades da região deve superar os números registrados em 2006, sem falar que muitos moradores do Grande ABC passam feriados e férias nessas regiões de litoral. Assim, a tendência é que cresça o número de casos importados.

Em São Bernardo, já foram confirmados 20 casos neste ano (um autóctone), contra os cinco confirmados durante todo o ano passado. Em Diadema, confirmaram-se 17 suspeitas em pouco mais de trës meses, contra 25 confirmações no ano inteiro de 2006.

Vale ressaltar ainda que Diadema confirmou o quarto caso autóctone na semana passada, e que as quatro ocorrências originadas na cidade foram confirmadas nos últimos 30 dias. Historicamente, são exceções casos não-importados na região. “O cenário não é preocupante como há alguns anos, talvez 2003, quando tivemos 43 casos autóctones em apenas uma rua”, pondera Sandro Corumba, coordenador do Programa de Controle da Dengue na cidade. Ele refere-se ao panorama do início da década, quando a região de fato apresentou um boom da doença. No entanto, Corumba reconhece que o município está infestado em toda a extensão. O controle nos próximos meses de 2007 vai depender decisivamente de ações da Prefeitura e do auxílio da população.

Em Santo André, há 27 bairros com focos do mosquito, fato preocupante para a administração, que tem organizado mutirões nesses locais. A Prefeitura confirma que, em menos de 15 dias, o número de focos subiu de 354 para 475. Em todo o ano passado, foram descobertos 876 focos; portanto, apenas no primeiro trimestre deste ano, o número é superior ao registrado até meados de 2006.



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