Política Titulo Trecho Leste
Alckmin quer acelerar alça do Rodoanel

Tucano cita ligação para Cetesb para apressar licenciamento de obra viária em Ribeirão Pires

Vitória Rocha
Especial para o Diário
27/01/2016 | 07:00
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Divulgação


O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), afirmou ontem que ordenou celeridade no processo de licenciamento da obra da alça de acesso ao Trecho Leste do Rodoanel, em Ribeirão Pires. “Eu acabei de ligar para o presidente da Cetesb (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo), Otávio Okano, pedindo urgência no licenciamento, e ele ficou de acelerar”, disse o tucano em entrevista coletiva para informar sobre a autorização dos editais para compra de oito três da Linha 13-Jade (Engenheiro Goulart-Aeroporto de Cumbica) da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos).

Com construção autorizada pelo tucano desde maio do ano passado e vista por especialistas como aumento do potencial econômico e social da cidade, a alça do Rodoanel está sem data para ser executada porque, segundo a Artesp (Agência de Transporte do Estado de São Paulo), a obra não estava prevista no contrato inicial da concessão e são necessárias a análise e a aprovação dos técnicos para que o projeto seja colocado em prática. O Diário revelou ontem o caso.

Apesar do impasse burocrático, o governador se mostrou otimista e afirmou que a construção será iniciada em março. Inicialmente, o prazo de começo da obra era setembro. “Está tudo ok em relação à alça do Rodoanel. É uma obra importante de acesso à região de Suzano e Ferraz de Vasconcelos”.

Projeto reivindicado em 2013 pela deputada estadual Vanessa Damo (PMDB) e pelo prefeito de Ribeirão Pires, Saulo Benevides (PMDB), a ligação da cidade ao Trecho Leste do Rodoanel teve investimento de R$ 160 milhões, originário da cobrança de pedágio.

A intervenção interligará a Estrada dos Fernandes, na divisa com Suzano, além de Mauá, Poá, Ferraz de Vasconcelos e Itaquaquecetuba, atingindo cerca de 1,4 milhões de pessoas.

LINHA 18
Questionado sobre a situação da construção da Linha 18-Bronze (Djalma Dutra-Tamanduateí) do Metrô, que ligará o Grande ABC à malha metroviária da Capital, Alckmin sinalizou que ainda espera parecer da Cofiex (Comissão de Financiamentos Externos), ligada ao Ministério do Planejamento, para iniciar as obras. “Estamos dependendo da Cofiex há mais de um ano. Não é dinheiro do PAC (Programa de Aceleração de Crescimento), nem dinheiro a fundo perdido: é empréstimo, financiamento, mas ainda não tivemos autorização”.

Desde o primeiro semestre de 2015, a Secretaria de Transportes de São Paulo aguarda pelo aval da Cofiex para o pedido de empréstimo no valor de US$ 182,7 milhões (R$ 743,58 milhões) para iniciar as desapropriações para construção da linha. A entrega do monotrilho, prevista para 2018, já está estimada em 2020. 

Governador faz mistério sobre apoio em S.Bernardo

Com apoio disputado pelos dois principais candidatos da oposição em São Bernardo, o deputado federal Alex Manente (PPS) e o deputado estadual Orlando Morando (PSDB), o governador Geraldo Alckmin (PSDB) fez mistério sobre em qual palanque vai subir na eleição a prefeito da cidade em outubro.

Questionado sobre para quem irá pedir votos no município, Alckmin tergiversou: “Quando eu fui candidato a prefeito de São Paulo (em 2008, perdendo no primeiro turno), eu fui à Folha de S.Paulo e a gente era entrevistado por uma escola. Eram uns menininhos e umas menininhas pequenininhos em uma mesa. Aí uma menina pequenininha falou: ‘Candidato, se o senhor não fosse candidato, em qual dos outros candidatos o senhor votaria?’. Eu falei: ‘Você vai ser jornalista, viu’”, respondeu o tucano, encerrando a entrevista coletiva na sequência sem externar sua preferência eleitoral.

Morando garante ter o apoio de Alckmin para eleição por ser correligionário do governador. Ontem, o deputado se reuniu com o secretário da Casa Civil, Edson Aparecido (PSDB), e ouviu que a legenda estará em peso em sua campanha. “O Orlando já formou uma aliança de partidos fundamentais, tem boa e competitiva chapa de candidatos a vereador, além de contar com todo o nosso apoio”, disse Aparecido. “Ele tem total entusiamo com a nossa candidatura. Acha que estou indo muito bem. Fez comentários bastantes positivos”, adicionou Morando.

Do outro lado, Alex também espera pelo voto de Alckmin. O PPS – partido que preside no Estado – está na base de sustentação do governador e é um dos defensores da pré-candidatura presidencial do tucano em 2018. Alex está nos Estados Unidos, onde vai participar de série de cursos sobre política. 




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