Apoiadores da volta do deputado federal Vicente Paulo da Silva, o Vicentinho, para o PT de Diadema tentam convencer o parlamentar a manter plano de assumir a frente da candidatura da legenda à Prefeitura de Diadema em 2016, a despeito da crise instalada junto à bancada de vereadores quando Vicentinho efetivou mudança do título de eleitor.

Vicentinho iniciou sua trajetória política no PT diademense, mas há duas décadas militava pelo diretório de São Bernardo – foi por lá, inclusive, que concorreu ao Paço (perdeu duas vezes, em 2000 e 2004). Retornou a Diadema no fim de setembro, porém, gerando insatisfação local. O princípio de racha interno fez com que Vicentinho anunciasse, ao Diário, que não mais pensava ser candidato a prefeito em Diadema.

Para o ex-vice-prefeito Joel Fonseca, Vicentinho é o nome mais forte do PT caso o ex-prefeito José de Filippi Júnior fique fora das urnas no ano que vem. “Com todo respeito aos vereadores, Vicentinho é o principal nome que temos. Com ele teríamos uma candidatura forte”, afirmou Joel, citando Manoel Eduardo Marinho, o Maninho, e José Antônio da Silva, vereadores que querem ser candidatos do PT à Prefeitura.

Segundo Joel, o objetivo é fazer os demais integrantes do diretório aceitarem a candidatura de Vicentinho sem existência de prévias. “Vivi várias experiências de prévias e sei que mais atrapalha do que ajuda na hora da eleição”, declarou o ex-vice, lembrando o racha de 1996, quando o ex-prefeito José Augusto da Silva Ramos (hoje no PSDB) brigou publicamente com Filippi, conflito esse que resultou na derrota naquela eleição para Gilson Menezes (à época no PSB, hoje no PDT).

O bloco que defende Vicentinho como candidato à sucessão de Lauro Michels (PV) assinou nota dizendo ter autorização do deputado federal para manter o debate interno. No grupo estão representantes da ala sindical do partido, ex-vereadores e até ex-secretários do governo de Filippi e Mário Reali.